Casos de síndrome respiratória aumentam em todo o país, alerta Boletim InfoGripe
Fiocruz aponta crescimento de Síndrome Respiratória Aguda Grave em todas as faixas etárias e em diversas regiões
O novo Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (14) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revela um cenário preocupante: a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) está em ascensão na maior parte do Brasil. O estudo, que se baseia em dados coletados até 11 de março, indica que diversos vírus estão circulando no território nacional, entre eles o Sars-CoV-2 (Covid-19), influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.
O boletim destaca o aumento de casos de SRAG por Covid-19 nos estados do Centro-Sul, enquanto os casos por influenza A (gripe) aumentam no Nordeste, Sudeste e Sul. Já o VSR, vírus que causa doenças respiratórias em crianças, apresenta crescimento em todas as regiões do país.
Crianças e idosos são os mais afetados
As crianças de até dois anos são as mais impactadas pela SRAG, principalmente pelo VSR. O vírus influenza também está afetando crianças, pré-adolescentes e idosos, enquanto a covid-19 tem maior impacto em crianças pequenas e na população acima de 65 anos. A mortalidade por SRAG se mantém mais alta entre os idosos, com predomínio da Covid-19.
O aumento de casos de SRAG na faixa etária de 5 a 14 anos pode estar relacionado ao rinovírus, à influenza e ao Sars-CoV-2 (Covid-19), segundo o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.
Prevalência de vírus
Entre os casos positivos de SRAG neste ano, 65,4% são por Covid-19, 10,1% por influenza A, 0,3% por influenza B e 12,7% por VSR. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência foi de 61,1% para Covid-19, 14,2% para influenza A, 0,3% para influenza B e 14,5% para VSR.
Crescimento em todo o país
o cenário atual sugere sinal de expansão nas tendências tanto de longo prazo (últimas 6 semanas) como de curto prazo (últimas 3 semanas). No ano epidemiológico 2024, já foram notificados 16.550 casos de SRAG, com 6.639 (40,1%) positivos para algum vírus respiratório.
Com relação aos óbitos por SRAG, já foram registrados 1.218 este ano, sendo 725 (59,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Entre os positivos do ano corrente, 5,2% são influenza A; 0,3% são influenza B; 1,2% são VSR; e 90,9% são Sars-CoV-2 (Covid-19).
Com informações da Agência Brasil