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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
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Casos de Dengue

Anápolis demonstra preocupação por desinteresse da população com dengue

Número coloca o município no topo da lista de cidades com mais confirmações de óbitos por dengue em Goiás

Postado em 16 de março de 2024 por Ronilma Pinheiro
A Saúde de Anápolis afirmou ao jornal O HOJE que a situação epidemiológica pode piorar nesse mês de março

Anápolis já conta 10 mortes em decorrência da dengue, de acordo com a última atualização do Painel de Controle de Arboviroses da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). O número coloca o município no topo da lista de cidades que possuem confirmações de óbitos por dengue. 

A cidade, que fica a 59,3 km de distância da capital, tem 11.838 casos notificados da doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do município. A  Diretora de Vigilância Epidemiológica, Mirlene Garcia, disse ao jornal O Hoje, que devido ao aumento de casos, a SMS estabeleceu algumas frentes de ações.

Mirlena destaca que o aumento no número de casos, se deu de forma rápida, não acompanhando necessariamente o período sazonal da doença no município. Com isso, a diretora afirma que a situação epidemiológica pode piorar nesse mês de março, considerado como o mês de pico da doença.

Ela relaciona o aumento no número de mortes à demora dos pacientes em busca de tratamento hospitalar principalmente no caso dos idosos. Na maioria das vezes, essa relutância ocorre por uma subestimação dos sintomas por parte dos infectados.

A orientação da saúde, é, portanto, que a pessoa procure uma unidade de saúde, logo que sentir os primeiros sintomas da doença, que são chamados de sinais de alarme. No geral, esses sinais são: dor abdominal, dor na barriga intensa, sangramento de mucosa, sensação de pressão baixa ou de desmaio. Os dois últimos sintomas são mais comuns em idosos, segundo a diretora.

“Quando a gente avalia os casos, boa parte dos pacientes chegam tarde ao serviço de saúde”, reitera, ao alertar que o quadro da dengue evolui de forma rápida. De acordo com a SES, a doença leva cerca de seis dias apenas entre os primeiros sintomas e a morte do infectado.

Dentre as ações, o município realiza mobilização social, a fim de promover a conscientização da população sobre o perigo do vírus da dengue e a importância de eliminar os criadouros. Além disso, né, a eliminação de alunos para a exibição dos criadores. Os trabalhos são focados nas regiões com a maior incidência de casos.

Anápolis também estabeleceu o “Dia da prefeitura da rua” , que ocorre às quintas-feiras. Durante a ação, os funcionários da prefeitura juntamente com os agentes de saúde, promovem orientações e trabalhos educativos nos bairros da cidade.

Sobre as visitas domiciliares, a diretora explica que são feitas de duas maneiras. Têm as visitas feitas pelos agentes de combate à dengue que visam a eliminação do vetor, a partir da eliminação de focos da dengue de dentro das residências, quintais e terrenos baldios. Além disso, têm visitas educativas, onde os agentes levam informações para os cidadãos com a finalidade de alertar sobre a doença.

Assim como em todo o Estado e a capital, Anápolis também concentra o maior número de focos do mosquito dentro das residências. “Nós temos também residências já conhecidas por nós, de pessoas que a gente considera como acumuladores”, comenta Mirlene, ao dizer que a SMS precisa intensificar os trabalhos com abordagens específicas, uma vez que além dos problemas da dengue, a saúde mental está relacionada com o acúmulo.

Em todo o Estado, foram registradas 49 mortes por dengue em 2024, de acordo com o último Boletim Epidemiológico da SES-GO. Em 2023, o número de óbitos registrados durante todo o ano foi de 51, o que significa uma diferença de duas mortes apenas de um ano para o outro. Nesse ritmo, o número deve ser ultrapassado antes dos primeiros quatro meses do ano.

Outros 67 óbitos suspeitos estão sob investigação do Comitê Estadual de Investigação de Óbito Suspeito por Arboviroses da SES-GO. Ao todo, foram notificados 116.195 casos da doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, que também transmite a Zika e a Chikungunya. Desse total, 53.686 casos foram confirmados.

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