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segunda-feira, 9 de dezembro de 2024
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Polarização e atraso

Sérgio Moro atribui atraso de desfecho do caso Marielle à ‘exploração política’ 

O senador pelo Paraná fez declarações ao jornal Gazeta do Povo

Postado em 25 de março de 2024 por Isadora Miranda
O senador pelo Paraná fez declarações ao jornal Gazeta do Povo | Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Em entrevista, publicada no jornal Gazeta do Povo, Sérgio Moro (União-PR), senador e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, afirmou que, caso não houvesse acontecido “exploração política” com o caso Marielle, o desfecho teria acontecido de maneira mais rápida.  

“A PF agora elucidou o crime e merece elogios, mas, se a polarização política não tivesse atrapalhado, talvez ele tivesse sido solucionado antes, ainda em 2019 ou 2020”, disse Moro.  

‘Pedido de desculpas’ 

O senador disse que as pessoas que tentaram ligar Jair Bolsonaro ao crime devem “desculpas” ao ex-presidente. Segundo Moro, as evidências sempre apontaram para a inocência de Bolsonaro. Além disso, assegurou que retirar o caso do Rio de Janeiro seria difícil, dizendo que, apesar de sempre ter sido favorável à federalização do caso, respeitava o desejo da família de Marielle, que afirmava confiar nas autoridades estaduais do Rio de Janeiro.  

“Espero que os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson paguem pelos seus crimes e que a família possa encontrar justiça e paz. Quatro fatos:  Em 2019, durante minha gestão no MJSP, o nome de um dos presos já havia aparecido como possível mandante quando a PF descobriu uma tentativa de obstrução nas investigações da polícia do RJ. A PF não assumiu as investigações na época pois havia oposição da família da vítima, o que respeitamos. Um dos apontados como mandantes já tinha sido preso em um desdobramento da Lava Jato e afastado de seu cargo, isso antes do assassinato, mas a impunidade permitiu que ele voltasse à ativa e ao poder. Ficam sepultadas as inúmeras fake news exploradas irresponsavelmente sobre esse terrível crime, como a absurda história do porteiro”, defendeu, em suas redes sociais, o parlamentar.

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