Caiado propõe freio para crescimento descontrolado das dívidas
Assunto foi tratado pelos gestores em reunião com o presidente do Senado
O governador Ronaldo Caiado defendeu, em entrevista concedida na manhã da última terça-feira (2), uma proposta dos estados para reformular o indexador de reajuste das dívidas com a União.
O assunto foi pauta do encontro entre os chefes de executivos estaduais e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ontem, em Brasília. A meta, explicou Caiado, é “criar um mecanismo capaz de fazer com que o volume da dívida não aumente tanto e inviabilize investimentos em saúde, educação e programas sociais”.
Na entrevista concedida à Rádio CBN, o governador explicou que, pelo atual Coeficiente de Atualização Monetária (CAM), o volume total dos débitos dos estados com a União saltou de R$ 283 bilhões para R$ 584 bilhões em apenas oito anos (de 2015 a 2023). “É um percentual de juros que inviabiliza as finanças”, pontuou. “Fica extremamente difícil para os estados investir e ter condições de atender a população”, argumentou.
Caiado comentou o caso de Minas Gerais, cuja dívida ativa total supera R$ 176,7 bilhões, sendo R$ 149,5 bilhões apenas com o governo federal. “Se não fizermos nada, não será apenas Minas Gerais que ficará nessa situação. As dívidas vêm evoluindo em uma proporção tal que vão asfixiar todos os estados”, declarou.
Durante a conversa, Caiado defendeu ainda que estados atingidos por catástrofes, como o Rio Grande do Sul, precisam de tratamento diferenciado. E finalizou: “Tenho certeza absoluta que, pelo empenho do senador Rodrigo Pacheco, a medida será votada ainda a tempo de prevalecer para 2025”.