PGM afirma intenção de reverter crise do Samu com TCM-GO
Segundo ele, mesmo em período de estiagem, os casos da doença não diminuíram de forma significativa em Goiânia
Um dia após o afastamento temporário do secretário de saúde de Goiânia, Wilson Pollara, o procurador geral do município, José Carlos Issy, afirmou em coletiva de imprensa nesta terça-feira (2) que está com diálogo aberto com o Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO). De acordo com ele, planeja juntamente com a justiça reverter a crise do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Para isso, diz estar em construção um edital pela prefeitura junto ao tribunal que atenda as demandas do que o TCM-GO considera como correto para a contratação. Ainda esclareceu diante as câmaras que o motivo por trás das licitações de caráter emergencial foram por conta do casos de dengue. Segundo ele, mesmo em período de estiagem, os casos da doença não diminuíram de forma significativa em Goiânia. “A realidade que se mostra é que pela quinta semana seguida os casos de dengue continuam subindo no município de Goiânia”, pontuou.
Além disso, afirmou também que deverá recorrer da decisão do tribunal do afastamento do titular de saúde pelos 90 dias prescritos no Diário Oficial do Município. Sobre isso, afirmou que essa medida pode afetar negativamente a pasta e os exercícios da saúde municipal. “Estamos terminando de avaliar a decisão do TCM, por completo. O foco principal é a questão do retorno de Pollara ao cargo, modificando a decisão do Tribunal que deferiu pelo afastamento dele”, afirma.
Por outro lado, afirma que também busca um maior entendimento com o TCM-GO para que novos funcionários sejam contratados para que reforcem o trabalho do Samu. Desde que nós fomos intimados sobre o assunto, a gente vem conversando com o presidente e alguns conselheiros para verificarmos a possibilidade de modificação (da decisão) e fizemos o que era juridicamente viável, que foi o recurso de agravo e um pedido de consideração, mas, por enquanto, mantiveram o entendimento de que aquela era medida que eles entendiam necessários para o momento”, afirma.
Por causa dessa crise, o serviço de resgate pública opera com número de funcionários reduzidos e com ambulâncias que não batem com os padrões de operação. O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (SindSaúde-GO), afirma que apenas 30% das ambulâncias estão circulando na cidade.
“Até o momento só estão circulando as ambulâncias que atendem a todas as condições de um checklist de equipamentos e profissionais necessários para os atendimentos. O Samu está funcionando com apenas 30% de sua capacidade, pois poucas unidades estão com todos os pré-requisitos para circular.”