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sábado, 10 de agosto de 2024
Eleições

As regiões estratégicas para os governadoriáveis de 2026

O Sudoeste e o Entorno do DF, por exemplo, são dois enclaves que, dependendo das negociações, podem indicar o vice tanto de Daniel Vilela, Wilder Morais ou até mesmo de Marconi Perillo

Postado em 16 de julho de 2024 por Felipe Cardoso
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Alguns dão sinais claros de que não apenas estarão no jogo

Ainda que as eleições de 2024 não tenham passado, o ano de 2026 já tem sido discutido com entusiasmo nos bastidores da política goiana. Nomes de diferentes alas estudam a possibilidade de mergulhar na disputa daquele ano contra o, hoje, ‘nome da base governista’, Daniel Vilela (MDB). Alguns dão sinais claros de que não apenas estarão no jogo, como de que já se preparam para ‘fazer bonito’ quando chegar a hora. 

O supracitado Daniel Vilela é um dos que têm utilizado cada oportunidade para obter experiência. Em eventuais ausências do governador Ronaldo Caiado (UB), de quem Daniel é vice hoje, ele assume a caneta sem titubear ante ao peso do cargo. 

Daniel é um dos que fazem parte do bolo de nomes que articulam agora de olho lá na frente. A ele, soma-se os nomes do senador Wilder Morais (PL), que conta com a força do bolsonarismo como principal aliada, e do ex-governador Marconi Perillo (PDSB), que, como ninguém, tem ao seu lado o fator “experiência”. 

Mas nem só de experiência ou ideologia política sobrevivem os ‘agentes do povo’. É preciso fazer alianças e ganhar musculatura em territórios estratégicos para garantir fôlego na disputa que, cada vez mais, se aproxima. Sob essa perspectiva, algumas regiões de Goiás são vistas como peças-chave para que esses políticos ampliem, desde já, seu poder de influência caso queiram chegar forte na disputa.

Os mais experientes apontam, por exemplo, a região Sudoeste do mapa goiano como uma dos principais alvos. Reduto político do falecido Maguito Vilela, o ex-governador que, além de pai de Daniel, é visto como um dos principais players da história da política goiana, o sudoeste conta com a pujança de um agronegócio que é referência não apenas a nível de estado, mas de Brasil. 

Conforme mostrado pela reportagem do O HOJE, se o MDB (agora mais atrelado do que nunca à base governista) perder as eleições nos maiores colégios eleitorais de Goiás, as consequências podem ser irreparáveis se pensadas para as eleições de 2026. Não é atoa que esse grupo político tenta se sobressair daqui até outubro, quando as urnas serão abertas. A atenção, nessa região, recai especialmente sob as cidades de Rio Verde e Jataí, onde os partidos entrarão na briga com ‘gosto de sangue’. 

Mas não só: o Entorno do Distrito Federal (DF) é outra alvo de cobiça dos grandes players. A briga pelo protagonismo na região,  que depois da metropolitana é a que concentra a maior quantidade de eleitores, passa não só pelo empenho da base, como pela força do bolsonarismo e também pelo legado tucano. 

O Entorno, como destaco, é a região com o maior número de eleitores que, nos nove municípios que fazem fronteira com Brasília, tem aproximadamente, quase 600 mil votantes. Ao abranger a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE) com seus 29 municípios, tem quase 1 milhão de eleitores, portanto, um acervo de votos nada desprezível. 

Aparentemente, a eleição de 2026 está muito distante, mas os atores políticos que desejam disputar o governo de Goiás, se movimentam, principalmente pelo Sudoeste e o Entorno. São dois enclaves que, dependendo das negociações, podem indicar o vice tanto de Daniel (MDB), Wilder Morais (PL) ou até mesmo de Marconi Perillo (PSDB). Não obstante, a leitura é que também estão no rol das regiões mais cobiçadas a Norte e Oeste, capitaneadas pelas cidades de Porangatu e Iporá, respectivamente.

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