Ações de sustentabilidade
Fica 2024 distribui lixeiras e contêineres para as escolas públicas da Cidade de Goiás
O 25º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) aconteceu em junho, mas continua implementando atividades de sustentabilidade na cidade de Goiás. Promovido pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), o evento está distribuindo 100 pares de lixeiras e contêineres com separação de materiais recicláveis para as escolas públicas do município e também avança com o projeto de recuperação e revitalização da nascente do Córrego do Chapéu de Padre.
As lixeiras e contêineres foram utilizadas durante os seis dias da 25ª edição do festival, realizado entre os dias 11 e 16 de junho na cidade de Goiás. A entrega desses recipientes é acompanhada por uma força tarefa que começa com a lavagem deles, e continua com o transporte desses materiais até as instituições de ensino. A atividade, que visa conscientizar crianças e adolescentes sobre o descarte correto do lixo, termina com o diálogo com as equipes pedagógicas e trabalhadores dos serviços gerais dessas unidades escolares para orientá-los sobre o uso dessas novas ferramentas de sustentabilidade.
A iniciativa, que começou logo após o encerramento do festival, segue no segundo semestre para a entrega dos últimos kits, com a participação dos professoras do curso de Administração e Pedagogia da UFG/Câmpus Goiás, sob coordenação das professoras Jaqueline Talga e Bruna Cruz. A ação conta ainda com parceria das secretarias municipais de Educação e de Meio Ambiente, da UFG/Câmpus Goiás e da Cooperativa de Catadoras e Catadores Recicla Tudo.
“O Fica está deixando vários frutos e um verdadeiro legado de sustentabilidade na cidade de Goiás com ações de preservação e conscientização ambiental, o que mostra o caráter transformador e social desse evento que já é referência no Brasil e no mundo”, comemora Yara Nunes, secretária de Estado da Cultura.
Bacia do Chapéu de Padre
Outro projeto que começou no 25º Fica e continua é o de recuperação e revitalização da nascente do Córrego do Chapéu de Padre. No dia 15 de junho, foram plantadas 40 espécies nativas do Cerrado no local, no trecho entre a Biblioteca Seccional Câmpus Goiás – Cajuí e o Restaurante Universitário. No mesmo período ainda foi realizada a reforma da quadra existente entre os córregos da Água Férrea e Chapéu de Padre, que é uma área da Universidade Federal de Goiás (UFG) e que até a década de 1960 e 1970 reunia moradores da região para jogos de futebol e outras atividades coletivas, mas foi se deteriorando com o tempo.
Camila Sant’Anna, coordenadora do projeto de recuperação do Chapéu de Padre, afirma que o convite do 25º Fica, abriu a oportunidade de desenvolver um projeto que contemplasse a devolução da quadra à comunidade local. A partir das obras da quadra, os envolvidos também pensaram em formas de a população local se envolver novamente com o espaço e promover ações de sustentabilidade, resultando em maior consciência ecológica.
“Nossa intenção foi pensar uma série de oficinas para fazer as pessoas se apropriarem desse lugar. Uma delas foi fazer o plantio de espécies do Cerrado. Nesse meio tempo, fizemos uma ‘estufinha’ na Biblioteca Cajuí [UFG]. Nunca ganhamos tantas espécies de mudas! Está todo mundo muito empolgado com o projeto, porque essa quadra era muito usada pela população”, detalha Camila. Segundo a coordenadora, o plantio das espécies nativas trará também o retorno da fauna típica da região.
As oficinas aconteceram entre os dias 10 e 13 de julho, na quadra, e deram oportunidades para aprendizagem de cartografia, desenho, lettering, estêncil e plantio efetivo de espécies. A próxima ação está prevista para o dia 31 de julho e se estenderá até 3 de agosto, com mais plantio de vegetação e outras atividades que serão divulgadas em breve.
O projeto de recuperação da nascente do Chapéu de Padre tem a participação de mais de 20 pessoas entre professores da UFG, alunos, ex-alunos e membros do Núcleo de Acessibilidade de Goiás. A iniciativa tem apoio de diferentes secretarias municipais da cidade de Goiás, da Secult Goiás, e também da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Goiânia. “São beneficiadas mais de 100 pessoas, sem mencionar que a quadra passou a ser utilizada pela comunidade não só acadêmica, mas de modo geral”, finaliza Camila Sant’Anna.