Casos de síndrome respiratória aguda grave aumentam em Goiás
A principal causa dos casos graves é uma combinação de vírus respiratórios, como o vírus influenza, o vírus da Covid-19 e o vírus sincicial respiratório
O Estado de Goiás está enfrentando um preocupante aumento no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Até o momento, foram registrados 4187 mil casos da condição, segundo Flúvia Amorim, Superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Este aumento significativo está gerando preocupações de saúde pública, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos.
A Superintendente explica que a principal causa dos casos graves identificados no Estado é uma combinação de vírus respiratórios. Entre os agentes patogênicos identificados estão o vírus influenza, responsável pela gripe, o vírus da Covid-19 e o vírus sincicial respiratório, conhecido por causar problemas respiratórios especialmente severos em crianças pequenas e idosos. “A maioria dos casos graves que estamos vendo agora está relacionada a esses vírus, que têm potencial para causar complicações severas”, afirma Amorim.
Dados dos indicadores da saúde mostram que os casos de SRAG por COVID 19 somam 532, o que representa 12,71% do total. Os casos de SRAG em decorrência do vírus da Influenza somam 537, sendo 12,83% do número total. Não há dados precisos da quantidade de ocorrências envolvendo o vírus sincicial respiratório.
Além disso, um levantamento recente da SES-GO mostra que crianças menores de dois anos e idosos são as faixas etárias mais afetadas. Essas populações são particularmente vulneráveis às complicações graves associadas a esses vírus, o que tem levado a um aumento no número de hospitalizações e óbitos. Em resposta, a SES-GO está reforçando a importância de medidas de prevenção e controle para proteger esses grupos de risco.
Um dos principais pontos abordados por Amorim é a vacinação. “A vacinação continua sendo uma das ferramentas mais eficazes para prevenir doenças respiratórias. É crucial que a população mantenha seu cartão de vacinação atualizado, especialmente para doenças que têm vacinas disponíveis, como a gripe e a Covid-19”, destaca a Superintendente.
Flúvia ressalta que a vacinação não apenas protege os indivíduos vacinados, mas também contribui para a proteção coletiva, ajudando a reduzir a propagação dos vírus.
Para doenças respiratórias para as quais ainda não existem vacinas, como o vírus sincicial respiratório, Amorim enfatiza a importância de adotar medidas preventivas rigorosas. Entre as recomendações estão a higienização frequente das mãos, o uso de máscaras – especialmente em ambientes onde há pessoas sintomáticas –, e a evitação de locais com grandes aglomerações. A superintendente também aconselha os pais e responsáveis a evitarem levar crianças pequenas a eventos em locais fechados, como festividades e shopping centers, que podem aumentar a exposição a esses vírus.
Além disso, a SES-GO está promovendo campanhas de conscientização e educação para a população sobre a importância das práticas de higiene e das medidas preventivas. “Estamos trabalhando para garantir que as pessoas entendam a gravidade da situação e as melhores formas de se protegerem e protegerem suas famílias”, afirma Amorim.
A Secretaria de Estado da Saúde informou que continua a monitorar a situação de perto e realizar trabalhos em conjunto com as autoridades de saúde locais para oferecer suporte e recursos necessários no enfrentamento dessa crise de saúde pública. A SES-GO também está colaborando com instituições de saúde e organizações comunitárias para garantir que as mensagens de prevenção e a disponibilidade de serviços de saúde sejam amplamente divulgadas e acessíveis à população.
Flúvia reitera que à medida que Goiás enfrenta este desafio crescente, a prevenção e a educação permanecem fundamentais na luta contra as doenças respiratórias graves. A SES-GO solicita à população que esteja atenta às orientações de saúde e adote as práticas recomendadas para ajudar a controlar a propagação dos vírus e proteger os grupos mais vulneráveis.