O desmatamento em Goiás caiu no primeiro semestre de 2024, registrando uma redução de 59% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Divulgados pelo Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado (SAD Cerrado), os dados são uma ferramenta desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

Entre janeiro a março de 2023, os alertas de desmatamento em Goiás cobriram uma área de 36.819 hectares. Essa é uma média de 7,78 hectares por alerta. No primeiro semestre deste ano, essa área caiu para 15.005 hectares, com uma média de 6,67 hectares por alerta. Este desempenho faz de Goiás o estado do Cerrado brasileiro com a maior redução no desmatamento.

Comparativo Regional

A região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) continua a ser a mais afetada pelo desmatamento no Cerrado, representando 77% do total. Nenhum município goiano está entre os dez mais desmatados do Cerrado em 2024, as primeiras posições são ocupadas por Balsas (MA), Ponte Alta do Tocantins (TO), Alto Parnaíba (MA), São Desidério (BA) e Uruçui (PI).

Compromisso Governamental

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, destacou que essa redução é uma confirmação do compromisso dos goianos com o meio ambiente e a adoção de práticas agrícolas sustentáveis. A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis, reafirmou a meta de zerar o desmatamento ilegal em Goiás até 2030.

Em setembro de 2023, Ronaldo Caiado assinou um pacto com representantes do setor produtivo, comprometendo-se a eliminar a supressão ilegal de vegetação até o final da década. O compromisso acontece por ações práticas, como a abertura de concurso para a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Além disso, a posse de cerca de 100 novos servidores e investimentos em tecnologia de monitoramento remoto, complementando o trabalho de campo realizado por fiscais.

Andréa Vulcanis ressaltou que, pela primeira vez, Goiás conseguiu recepcionar, revisar e atribuir responsabilização administrativa (multa e embargos) a 100% dos alertas de desmatamento recebidos no primeiro semestre de 2024.