Quadrilha é desarticulada após aplicar golpes se passando por defensores públicos
Os criminosos obtinham dados de processos judiciais de forma ilícita e entravam em contato com as vítimas por telefone ou e-mail
Uma quadrilha especializada em fraudes eletrônicas foi desarticulada em uma operação conjunta entre as Policia Civis de Goiás e Ceará nesta quarta-feira (31). A ação resultou na prisão de 14 pessoas e no cumprimento de 30 mandados de busca e apreensão.
A investigação, conduzida pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), teve como alvo uma quadrilha especializada em fraudes eletrônicas. Os criminosos se passavam por advogados e defensores públicos, entrando em contato com vítimas que tinham processos judiciais em andamento e solicitando pagamentos a título de honorários e impostos para a liberação de precatórios e alvarás.
Os criminosos obtinham dados de processos judiciais de forma ilícita e entravam em contato com as vítimas por telefone ou e-mail. Após os pagamentos, as vítimas recebiam documentos falsos, como comprovantes de pagamento e ofícios com o nome de juízes e desembargadores, além do brasão do Poder Judiciário.
Ao todo, foram identificadas mais de 50 vítimas em Goiás, que sofreram prejuízos financeiros significativos. Para além do impacto econômico, os crimes trouxeram enormes dificuldades às vítimas, que frequentemente pensavam estar regularizando seus processos judiciais.
Segundo as autoridades, esses atos também geraram uma série de complicações para diversos advogados e escritórios de advocacia, comprometendo assim essa função fundamental para a Justiça.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos estados de Goiás e Ceará, com o apoio da Polícia Civil do Ceará e do Ministério da Justiça.
Um mandado de prisão também foi cumprido contra um suspeito que já estava recolhido em uma unidade prisional. Os presos foram encaminhados para a Unidade Prisional e permanecem à disposição do Poder Judiciário.
A operação é um resultado do programa PCGO Sem Fronteiras, que busca combater a criminalidade que afeta os goianos, mesmo que os criminosos estejam em outros estados.