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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Inédito

Bebê com doença rara é operado por um robô

No Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, em São Paulo, médicos realizaram um feito inédito ao operar um bebê de sete meses e oito quilos usando um robô. O caso aconteceu em maio deste ano. A equipe removeu 98% do pâncreas da criança, que sofria de hiperinsulinismo congênito, uma […]

Postado em 2 de agosto de 2024 por Leticia Marielle
A equipe removeu 98% do pâncreas da criança

No Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, em São Paulo, médicos realizaram um feito inédito ao operar um bebê de sete meses e oito quilos usando um robô. O caso aconteceu em maio deste ano. A equipe removeu 98% do pâncreas da criança, que sofria de hiperinsulinismo congênito, uma condição rara e grave. O cirurgião Fábio Volpe, da Divisão de Cirurgia Pediátrica e Transplante de Fígado do hospital, explicou que a doença provoca a produção excessiva de insulina. O resultado disso são crises convulsivas e, possivelmente, coma.

Considerada o único tratamento definitivo, a cirurgia foi necessária após tentativas frustradas de tratamento clínico. Devido ao pequeno tamanho dos órgãos do bebê, a operação exigia uma precisão que apenas o robô poderia oferecer. “A parte removida do pâncreas tinha cerca de quatro centímetros, enquanto o total deveria ter aproximadamente cinco. Utilizar o robô torna o procedimento mais preciso, pois amplia a imagem e torna as estruturas mais visíveis,” afirmou o cirurgião.

Apesar do uso crescente de robôs em procedimentos médicos, a literatura ainda não registrava o uso desses dispositivos em pacientes tão jovens e pequenos. A equipe do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto conseguiu realizar a cirurgia com sucesso graças à sua vasta experiência com tecnologia robótica e videolaparoscopia em crianças e recém-nascidos.

A operação ocorreu sem complicações, e o bebê já retornou para casa, onde está sob os cuidados de sua mãe, Lucimara Costa. Ela compartilhou suas esperanças para a recuperação da filha: “Desejo que ela tenha uma vida normal, que ande, fale, vá para a escola e tenha uma formação. Vou com calma, sem criar muitas expectativas, mas acredito que ela se recuperará, se Deus quiser, junto comigo,” disse Lucimara.

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