Em um período de cinco dias, o Colégio Rio Branco, em São Paulo, recebeu 13 denúncias de estupro, contra o ex-professor Carlos Veiga Filho. Os casos aconteceram por volta de 1980 e 2003, e quatro desses casos estão sendo investigados pelas autoridades.  

Nos relatos recentes, o professor fotografava alunos nus ou de roupa íntima durante as atividades dos grupo de teatro. Ele também teria mantido relações íntimas com três adolescente de 14 anos na época. 

O advogado de Carlos Veiga, Jhonatan Wilke, disse na época que o professor apenas prestou assistência aos estudantes. “Nunca cometeu nenhum crime durante sua carreira de mais de 30 anos como professor. Apenas prestou assistência aos estudantes que estavam enfrentando um momento difícil na família. Dessa forma, se declara inocente de todas as acusações”, disse o advogado à Folha de S.Paulo. A defesa ainda afirmou que ele teria realizado uma limpeza de chakras nos adolescente, que aproximou as mãos nas costas e peitoral da vítimas, mas sem conotação sexual. 

As denúncias foram feitas por uma ouvidoria do colégio, criada para receber denúncias, sugestões e reclamações. Em 2003, o professor acabou sendo desligado da instituição após uma reestruturação interna. 

O suspeito está preso desde o dia 11 de junho após os policiais atenderem uma ocorrência de briga em condomínio. Os agentes descobriram que Carlos Veiga tinha um mandado de prisão aberto por suspeita de estupor de vulnerável e o prenderam. 

Em nota, o Colégio Rio Branco disse ter tomado conhecimento da situação pela imprensa, em julho de 2024. “Recebemos com consternação e indignação o teor dos relatos de ex-alunos trazidos pelas reportagens, uma vez que repudiamos, veementemente, esse tipo de atitude”. Afirmou a instituição em nota enviada ao Metrópoles.