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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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Aumento dos Casos

Oito casos de transmissão vertical de Oropouche são investigados pela Saúde

Casos foram registrados em Pernambuco, na Bahia e no Acre

Postado em 13 de agosto de 2024 por Tathyane Melo
Casos foram registrados em Pernambuco, na Bahia e no Acre | Foto: Divulgação/ Conselho Federal de Farmácia

O Ministério da Saúde está em alerta ao investigar pelo menos oito casos de transmissão vertical da febre do Oropouche, uma doença viral transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis. A mãe transmite a infecção para o bebê durante a gestação ou no parto.

Identificaram casos sob investigação em três estados: Pernambuco, Bahia e Acre. De acordo com o Ministério da Saúde, metade dos bebês envolvidos nesses casos nasceu com graves anomalias congênitas. Alguns dele como microcefalia, enquanto os outros quatro casos resultaram em morte neonatal. 

Casos em investigação no Ceará

Na última segunda-feira (12), a Secretaria de Saúde do Ceará revelou que está investigando um caso da área. Um óbito fetal associado à infecção pela febre do Oropouche. O caso envolve uma gestante de 40 anos, residente de Baturité, que recebeu atendimento no município de Capistrano. A secretária de Saúde do Ceará, Tânia Coelho, destacou a gravidade do caso. Ela ressalta que 60% das doenças infecciosas registradas em humanos têm origem em animais, incluindo insetos como o mosquito responsável pela transmissão do vírus Oropouche.

Tânia Coelho enfatizou a importância de um plano de ação eficaz para enfrentar essa nova ameaça. A febre do Oropouche é uma doença pouco conhecida pelo grande público, com alto potencial, especialmente em casos de transmissão vertical. 

Agravamento no Acre 

No Acre, a situação é preocupante. Na quinta-feira (8), o Ministério da Saúde confirmou um caso de um bebê que nasceu com anomalias congênitas severas, associadas à transmissão vertical da febre do Oropouche. Infelizmente, o recém-nascido faleceu aos 47 dias de vida.

Segundo o comunicado oficial do ministério, a mãe da criança, de 33 anos, apresentou sintomas de febre e erupções cutâneas no segundo mês de gestação. Exames laboratoriais realizados após o parto confirmaram a presença do vírus Oropouche em diversos tecidos do bebê.

A análise conduzida pelos laboratórios do Instituto Evandro Chagas, em Belém, revelou material genético do vírus no corpo do recém-nascido, que apresentava microcefalia, malformações articulares e outras anomalias congênitas. Embora a conexão direta entre a transmissão vertical do vírus e as anomalias congênitas ainda precise de uma investigação mais detalhada, os resultados iniciais são suficientes para preocupar as autoridades.

O Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde do Acre estão acompanhando de perto esse caso, que pode ser apenas o primeiro de muitos se medidas preventivas não forem implementadas rapidamente. 

A doença

A febre do Oropouche é uma doença viral transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, também conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Essa doença, se destaca como uma das emergentes no Brasil, especialmente em áreas onde as condições favorecem a proliferação do mosquito vetor.

Febre alta, dores de cabeça, mialgia e erupções cutâneas são os sintomas mais comuns. Confunde-se esses sintomas com outras doenças virais, dificultando o diagnóstico precoce.

Como o mosquito tem predileção por materiais orgânicos em decomposição, uma das principais recomendações para a prevenção é manter os quintais limpos, evitando o acúmulo de folhas e lixo orgânico. Além disso, é aconselhável o uso de roupas compridas e sapatos fechados em áreas onde há uma alta concentração de insetos, especialmente durante o período de atividade dos mosquitos.

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