A Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) iniciou no mês de abril a implantação de 30 semáforos inteligentes em dez cruzamentos da Capital. As implantações têm o objetivo de fazer com que os tempos semafóricos se adaptem automaticamente à necessidade de fluidez das vias onde as câmeras estão instaladas. Ao todo, serão 58 câmeras instaladas em Goiânia. 

Os detectores identificam a presença de veículos, quantidade de tempo entre eles, informações necessárias para determinar o tempo de verde ou vermelho para aquele momento. Um comando é enviado para o controlador de tráfego, que aumenta ou diminui o tempo semafórico com intuito de manter a fluidez do tráfego de maneira totalmente autônoma. A ação respeita os tempos de segurança e a sincronia com os demais semáforos da via.

O engenheiro de transportes Marcos Rothen afirmou que o sistema evita que o trânsito fique transversal. “Os semáforos inteligentes utilizam o volume de carros que estão passando num cruzamento a cada momento. Com isso, evita que um lado da rua fique parado no vermelho e não passe nem um carro no outro lado – transversal”, descreveu. 

O engenheiro explicou que os semáforos também definem se existem pedestres que queiram atravessar a rua. “Muitas vezes, os carros ficam parados sem ter nenhum pedestre. O semáforo normal define os tempos de verde e vermelho antes e não considera as variações no fluxo de veículos e pedestres que são normais”, afirmou.

Marcos Rothen informou que o sistema de semáforos inteligentes pode diminuir o tempo dos carros parados esperando o sinal abrir em até 20%. “Mas esse percentual em Goiânia pode ser maior, pois tem muitos semáforos que estão com os tempos desatualizados.” 

Para que os semáforos inteligentes funcionem bem, Rothen julga como necessário que os técnicos da prefeitura recebam treinamento para saber usá-lo. O engenheiro citou o caso da Avenida Anhanguera, abaixo da BR-153, que já teve um semáforo inteligente, mas o equipamento não foi bem aproveitado.

Para Marcos, a implementação dos equipamentos é fundamental, isso porque  “Goiânia tem um trânsito muito congestionado, em grande parte por falha na programação dos semáforos”. O engenheiro acrescentou que os semáforos inteligentes também permitem uma melhor sincronização. “A desatualização da programação dos tempos dos semáforos e a falta de sincronia, além de atrasar as viagens, ainda irrita as pessoas”, observou.

Visão de motoristas que passam pelo local

O motorista Antônio Gonçalves, de 46 anos, disse ao jornal O HOJE que o pior trecho para se passar por causa dos engarrafamentos é o da Avenida 136. A estudante de jornalismo Amanda Cristina afirmou que passa pelo cruzamento da T-63 com a Avenida Couto Magalhães em dias de semana aproximadamente às 13h30. De acordo com Amanda, o fluxo de carros é muito grande. “Atravessar no local é difícil.”

“Para atravessar é difícil porque os carros geralmente ficam em cima da faixa. Em alguns pontos o sinal simplesmente não tem serventia. Para os pedestres, também é complicado saber onde atravessa já que vem carro de todo lado”, descreveu a estudante.