Restauração de painel histórico de Djanira em Petrópolis avança após interrupções
Obra de arte, tombada pelo Iphan, ganha nova vida após anos de espera
A restauração do painel “História de Petrópolis”, da renomada artista modernista Djanira da Motta e Silva, segue em ritmo acelerado, conforme informações do Ministério Público Federal (MPF) divulgadas nesta segunda-feira (19). A obra, que retrata paisagens e costumes da cidade serrana, está sendo cuidadosamente restaurada após enfrentar interrupções no processo.
A equipe iniciou a restauração do painel em 2021, mas interrompeu os trabalhos após a morte do dono da empresa contratada. Felizmente, a restauração foi retomada em 9 de abril deste ano. O cronograma está dividido em oito etapas, com duração total de dez meses. A previsão é que a obra, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1982, fique em exposição ao público durante um período.
Com dimensões de 12,75 x 3,50 metros, o painel, criado em 1953, retrata cenas do cotidiano petropolitano, como o Museu Imperial, as carruagens e as fábricas de cerâmica. Assim, a obra está tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1982.
Relatório
No dia 30 de julho, o MPF recebeu um relatório da prefeitura de Petrópolis com detalhes do trabalho já realizado. O documento revela que realizaram uma revisão estrutural da cama de acondicionamento do painel, que estava fragilizada e sem condições de servir de base para a obra. Portanto, foi necessário confeccionar uma nova cama.
Além disso, adicionaram uma proteção de papel siliconado à mesa. Na etapa quatro do cronograma, a equipe realizou a higienização e a desinfeção da obra, limpando quimicamente e mecanicamente para remover sujeiras impregnadas.
Durante reunião com técnicos do Iphan, apresentaram-se as intervenções e metodologias empregadas. De acordo com o relatório, os próximos passos incluirão a revisão das emendas originais do suporte nos tratamentos como rasgos e a revisão de obturações e bordas. Além do reentelamento com linho natural, importado da Bélgica.
Com informações da Agência Brasil