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quinta-feira, 14 de novembro de 2024
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Fumaça de queimada faz mal? Veja os impactos à saúde

Entenda mais sobre os impactos da fumaça de queimadas na saúde e no meio ambiente

Postado em 25 de agosto de 2024 por Eduarda Leão
Fumaça de queimada em Goiânia
Fumaça de queimada no Setor Novo Mundo em Goiânia. | Foto: Luana Carvalho/Jornal O Hoje

A fumaça proveniente de queimadas é um problema recorrente, especialmente em regiões que enfrentam grandes focos de incêndios florestais. Além de representar um grave risco ao meio ambiente, com a destruição de biomas inteiros, a fumaça também traz sérias consequências para a saúde humana. Entender os impactos dessa exposição e as medidas necessárias para minimizar os danos é fundamental para proteger a população e o ecossistema.

Primeiramente, é importante destacar que a fumaça de queimadas se trata de uma complexa mistura de gases e partículas finas. Entre os principais componentes estão o monóxido de carbono, dióxido de carbono, hidrocarbonetos, óxidos de nitrogênio e partículas finas, como o material particulado (MP2,5). Essas partículas são tão pequenas que podem penetrar profundamente no sistema respiratório, alcançando os alvéolos pulmonares e, em alguns casos, até a corrente sanguínea. Isso aumenta significativamente o risco de problemas respiratórios, doenças cardiovasculares e até mesmo câncer.

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Além disso, a exposição prolongada à fumaça de queimadas pode agravar condições de saúde preexistentes, como asma, bronquite crônica e enfisema. Grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias ou cardiovasculares, são os mais afetados. O monóxido de carbono, por exemplo, interfere na capacidade do sangue de transportar oxigênio, o que pode resultar em sintomas como tontura, fadiga, dores de cabeça e, em casos graves, intoxicação que pode levar à morte. Portanto, é crucial que essas populações  estejam protegidas durante períodos de alta concentração de fumaça.

Por outro lado, os efeitos das queimadas não se limitam à saúde humana. O meio ambiente também sofre danos consideráveis. A fumaça contribui para o aumento dos níveis de poluição atmosférica e a emissão de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, que agrava o aquecimento global. Além disso, as queimadas destroem habitats naturais, reduzindo a biodiversidade e comprometendo o equilíbrio ecológico. As cinzas resultantes das queimadas podem contaminar solos e corpos d’água, afetando a qualidade dos recursos naturais e a sobrevivência de várias espécies.

Diante desse cenário alarmante, a prevenção e o combate às queimadas tornam-se essenciais. Governos e comunidades devem trabalhar juntos para implementar políticas eficazes de controle e manejo do fogo, além de promover a conscientização sobre os riscos associados às queimadas. É fundamental investir em alternativas sustentáveis de uso do solo e na recuperação de áreas degradadas para evitar que incêndios ocorram com tanta frequência e intensidade.

Em resumo, a fumaça de queimadas representa uma ameaça significativa à saúde pública e ao meio ambiente. Seus efeitos podem ser devastadores, tanto a curto quanto a longo prazo, exigindo uma resposta rápida e eficaz para proteger a vida e a biodiversidade. A conscientização e a adoção de medidas preventivas são passos fundamentais para mitigar os danos causados por esse problema cada vez mais recorrente em várias partes do mundo.

Neste domingo (25), a região do Centro-Oeste se deparou com uma nuvem de fumaça causada por queimadas durante o amanhecer. Neste sábado (24), Goiás e outros sete estados estavam com alto risco de incêndio, de acordo com o instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Além disso, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Goiás marcou 2424 queimadas até o mês de agosto em 2024. Dessa forma, somente neste mês foram registradas 859 queimadas, sendo 203 focos de queimada entre o dia sexta-feira (23) e domingo (25)

Por outro lado, em São Paulo diversos municípios foram atingidos com queimadas. Segundo a Defesa Civil, ao menos 36 municípios entraram em estado de alerta máximo devido aos incêndios neste sábado (24).

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