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sábado, 23 de novembro de 2024
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Greve

Greve dos eletricistas: SINDINERGIAS-GO atualiza as negociações

A contraproposta oferecida inclui um aumento salarial de 3,69% e um aumento no vale alimentação para R$35

Postado em 5 de setembro de 2024 por Leticia Marielle
Greve dos eletricistas: SINDINERGIAS-GO atualiza as negócios. | Foto: Divulgação

O Sindicato da Indústria da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica no Estado de Goiás (SINDIENERGIAS-GO) em nota de esclarecimento detalhou o andamento das negociações coletivas com o Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações (SINDTELGO). O processo de negociação, que começou em maio, envolveu um Procedimento de Mediação (PA-MED) instaurado pelo Ministério Público do Trabalho da 18ª Região a pedido do SINDTELGO.

O principal ponto de discórdia foi o reajuste salarial. O SINDTELGO solicitou um aumento com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado entre 01/05/2023 e 30/04/2024, além de um ganho real de 2% sobre o salário vigente em 30/04/2024. Eles também propuseram uma contraproposta de reajuste de 3,49%. Durante duas sessões de mediação, resolveram alguns pontos, mas antes da terceira sessão, marcada para quarta-feira (4), a situação se agravou.

A proposta salarial da patronal inicialmente variava de 2% a 35%, e o aumento do vale alimentação para R$50, o que levou a categoria laboral a deflagrar uma greve no dia 30 de agosto. Essa greve motivou a abertura de ações judiciais, afirmando que essa greve foi ilícita e abusiva, complicando ainda mais as negociações.

No Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT18), as negociações foram retomadas na segunda-feira, 2, e uma nova audiência foi realizada na quarta-feira (4). Após uma reunião com a categoria econômica na terça-feira (3), o SINDIENERGIAS concluiu que não seria possível atender à solicitação inicial de reajuste. A contraproposta oferecida inclui um aumento salarial de 3,69% e um aumento no vale alimentação para R$35, alinhando-se aos termos do último Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) firmado com uma filiada do SINDIENERGIAS. Como resultado das impasses, uma nova greve está prevista para iniciar na sexta-feira, 6, às 0h.

Greve dos eletricistas em Goiânia

A greve dos eletricistas em começou no dia 30 de agostos e paralisou mais de 900 atendimentos de manutenção e reparos na rede elétrica da capital e em cidades do interior do Estado. O Sinditelgo, sindicato que representa os eletricistas de Goiás, lidera a mobilização. A paralisação afetou principalmente as empresas Elcop Engenharia e PSE, que prestam serviços para a concessionária de energia Equatorial Goiás.

Durante o dia, a greve gerou tensões. Os grevistas ameaçaram depredar o patrimônio das empresas. Sendo assim, caso cumpram essas ameaças, há risco de interrupções no fornecimento de energia em áreas da cidade. Isso pode prejudicar o atendimento a emergências, inclusive em hospitais e residências que dependem de suporte elétrico contínuo para pacientes em tratamento intensivo.

Nota da Equatorial Goiás

A Equatorial Goiás divulgou um esclarecimento sobre as recentes negociações com empresas parceiras e seus colaboradores. A empresa informou que está ativamente acompanhando as discussões para garantir que as partes envolvidas cheguem a um acordo satisfatório.

Em sua nota, a Equatorial Goiás destacou que as negociações em questão não envolvem seu próprio quadro de colaboradores. O acordo coletivo com essa categoria foi formalizado com o sindicato em maio deste ano. A empresa reafirmou que o entendimento atual não se refere aos seus empregados diretos.

A empresa destacou sua confiança no diálogo aberto e na atuação da Justiça para assegurar que o número necessário de colaboradores esteja disponível para manter a continuidade dos serviços. A Equatorial Goiás alertou que qualquer interrupção poderia comprometer não apenas a prestação de serviços à população, mas também o trabalho de recuperação da rede de distribuição que está em andamento em todo o estado.

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