Na segunda-feira (9), as autoridades flagraram um casal com calmante destinado a dopar macacos no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio. A polícia investiga uma possível organização criminosa envolvida no tráfico de animais. De acordo com as autoridades, Luan Carlos Siqueira e Sarah Porto Silva usavam armadilhas feitas com clonazepam misturado a bananas para atrair os macacos. O intuito era capturar os animais para vendê-los em uma feira clandestina.

A prisão foi realizada pela 15ª Delegacia Policial (Gávea) com o auxílio de funcionários do parque. “Foi percebido pela segurança do parque que havia uma dupla e nas imediações que foi encontrada a medicação, a banana misturada com medicação, os macacos caindo da árvore, realmente já sofrendo os efeitos”, afirmou a delegada Thaianne Moraes.

Eles responderão por dois crimes ambientais:

• Art. 29: matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida. Pena: detenção de seis meses a um ano, e multa.
• Art. 32. praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. Pena: detenção, de três meses a um ano, e multa.

Na semana anterior, os funcionários do Jardim Botânico encontraram e resgataram duas macacas dopadas e entregaram-nas ao Instituto Vida Livre, uma ONG dedicada à reabilitação e soltura de animais em risco. Os veterinários observaram sinais de amamentação nas macacas, o que pode indicar que alguém levou seus filhotes, que ainda eram recém-nascidos.