Suspeito de feminicídio de médica do Exército continua foragido
A suspeita da motivação do crime seria o desejo do homem de se apoderar dos bens da vítima
A Polícia Civil está em busca de um homem suspeito de assassinar sua companheira, uma médica do Exército que foi dopada e asfixiada. O crime ocorreu em março do ano passado, no apartamento da vítima no Cachambi, Zona Norte do Rio de Janeiro. Na época, o então namorado da médica alegou que ela havia cometido suicídio.
Após um ano e meio de investigação, a Polícia Civil concluiu que Rosângela da Silva dos Santos Nascimento, de 41 anos, foi vítima de feminicídio. O inquérito identificou o principal suspeito como o universitário Elton Hilton Herculano de Lima, de 33 anos.
Na última quarta-feira (4), a 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro emitiu um mandado de prisão contra Elton, e desde então, as autoridades o consideram foragido. A suspeita da motivação do crime seria o desejo do homem de se apoderar dos bens da vítima. Elton responde pelo crime de feminicídio.
Análise do crime
Após analisar imagens de câmeras de segurança e realizar a perícia no corpo da médica, a polícia concluiu que os investigadores determinaram que a vítima morreu por intoxicação e asfixia. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) revelou que Rosângela apresentava marcas roxas no pescoço e no tórax, indicativas de esganadura.
Além disso, foram encontrados sinais de intoxicação no organismo da vítima. O exame toxicológico detectou a presença de duas substâncias: um benzodiazepínico e um opióide. As imagens das câmeras de segurança mostram Rosângela chegando ao seu apartamento às 16 horas do dia 9 de março. Mais tarde, por volta das 22 horas, Elton aparece com uma sacola contendo um lanche.
Segundo a investigação, Elton teria adicionado doses elevadas de tranquilizante à comida, que ele entregou à médica. Após dopá-la, Elton, de acordo com a Polícia Civil, teria estrangulado a vítima.
Ações do suspeito
Após a morte da médica do Exército, a família da vítima descobriu que o suspeito se dirigiu a um cartório, acompanhado de duas testemunhas, para formalizar uma união estável unilateral após o falecimento. Em seguida, ele foi ao Exército para solicitar a pensão por morte.
Em resposta às acusações, a defesa do suspeito alegou que não há evidências suficientes para comprovar o crime de feminicídio. De acordo com os advogados, o que realmente ocorreu foi um suicídio, uma vez que Rosângela tinha um histórico de uso abusivo de medicamentos. A defesa afirmou que irá demonstrar a inocência de Elton.