O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024
Bichinhos

Goiânia terá 290 pontos de vacinação antirrábica em setembro

A vacinação tem o objetivo de prevenir a disseminação da doença. Serão disponibilizados locais aplicação do imunizante em todas as regiões

Postado em 11 de setembro de 2024 por Thais Teixeira

No próximo sábado (14), a Prefeitura de Goiânia inicia a Campanha de Vacinação Antirrábica, uma iniciativa que acontece anualmente com o objetivo de prevenir a raiva em cães e gatos. A vacinação antirrábica neste ano será distribuída em todos os bairros da cidade durante dois sábados, 14 e 21 de setembro, das 8h às 17h. Os sete Distritos Sanitários da capital disponibilizarão 290 locais para imunizar os bichinhos.

No primeiro sábado a vacinação vai ser realizada em 137 pontos localizados nos Distritos Sanitários Sul, Leste, Campinas/Centro e Norte. Já no segundo sábado (21), serão 153 pontos nos distritos Sudoeste, Noroeste e Oeste. Além disso, toda sexta-feira, os animais também podem ser vacinados na sede dos distritos até o final deste mês.Até o final deste mês, os animais também podem ser vacinados na sede do distrito toda sexta-feira.

Após o dia 21 de setembro, os responsáveis de mais de 10 animais terão a oportunidade de marcar a vacinação em domicílio através dos números 62 3524-3131, 3524-3129 (WhatsApp) e 3524-3130 (plantão). O intuito é imunizar o maior número possível de cães e gatos durante a campanha, que visa proteger 143 mil animais, correspondendo a 80,13% da estimativa da população animal de Goiânia, estimada em 172 mil.

O Ministério da Saúde (MS) afirma que a forma mais eficaz de prevenir a disseminação da doença é a vacina, já que a doença tem 100% de letalidade em animais. Goiânia não tem registro de casos de raiva humana causada pela variante canina desde 1999 e também não há casos de raiva em cães desde 2000.

Ainda assim, todo esforço é insuficiente, esclarece Murilo Reis, diretor de Vigilância em Zoonoses. “É uma doença extremamente grave, portanto, ao vacinarmos os animais estamos nos protegendo também. Além disso, a antirrábica protege os animais da raiva transmitida pelo morcego, este ano já foram registrados oito episódios da doença na cidade”, informou Murilo.

A vacina é fornecida de forma gratuita, e os responsáveis pelo animal não precisam apresentar documentação. O imunizante é oferecido a cães e gatos com mais de três meses de idade. No entanto, não deve ser administrada em animais doentes ou em tratamento com antibióticos ou anti-inflamatórios. 

“Esses animais têm baixa resposta imunológica devido às condições de saúde, o que pode reduzir a eficácia da vacina. O ideal é procurar a Zoonoses para vacinar o animal quando ele estiver saudável ou após o término do tratamento medicamentoso”, explica Murilo Reis. 

A doença

A raiva é uma doença infecciosa grave que afeta o sistema nervoso central e é transmitida ao homem através da saliva de animais infectados, principalmente por meio de mordeduras. A transmissão também pode ocorrer por arranhaduras ou lambeduras desses animais. O período de incubação da doença varia entre as espécies e pode durar de dias a anos, com uma média de 45 dias nos humanos. A duração da incubação está relacionada à localização, extensão e profundidade da mordedura, arranhadura ou lambedura, além do tipo de contato com a saliva do animal infectado. 

Nos cães e gatos, o vírus é eliminado na saliva de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos e continua a ser transmitido durante toda a evolução da doença. A morte do animal geralmente ocorre entre 5 e 7 dias após o início dos sintomas. Em animais silvestres, como os morcegos, não se sabe ao certo o período de transmissibilidade do vírus. No entanto, sabe-se que os morcegos podem carregar o vírus por longos períodos sem apresentar sintomas aparentes.  

Sintomas

O principal sintoma da raiva em cães e gatos é a mudança de comportamento. Os animais infectados geralmente apresentam sinais como salivação excessiva, dificuldade para engolir, alterações nos hábitos alimentares e até paralisia. Outros sintomas podem incluir falta de apetite, hidrofobia, fotofobia, dilatação das pupilas e alterações comportamentais, incluindo agressividade, auto agressão e cansaço.

Se os tutores observarem qualquer um desses sintomas, devem considerar a possibilidade de raiva. É importante, se possível, manter o animal em observação por até 10 dias em um local seguro, sem acesso à rua, com comida e água disponíveis. “A orientação é entrar em contato com o serviço de Zoonoses para notificar o caso o quanto antes”, frisa Murilo Reis.

“Para garantir a proteção contínua dos nossos animais e a segurança da população, é fundamental que todos participem da campanha e mantenham seus pets vacinados anualmente,” reforça o diretor.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.
Veja também