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sábado, 23 de novembro de 2024
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Amamentação

HEMU precisa de doações e faz apelo às mães que amamentam

Atualmente, a unidade possui apenas 150 litros de leite em estoque, enquanto o necessário para atender adequadamente os bebês internados é de 350 a 400 litros

Postado em 11 de setembro de 2024 por Ronilma Pinheiro

O Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu) está enfrentando uma crise de abastecimento e convoca mães que estão amamentando a fazer doações de leite materno. Atualmente, a unidade possui apenas 150 litros de leite em estoque, enquanto o necessário para atender adequadamente os bebês internados é de 350 a 400 litros. O apelo é para que mães que tenham excedente de leite possam contribuir com essa causa.

O leite materno é fundamental para a alimentação dos recém-nascidos, especialmente para aqueles que nasceram prematuros ou que precisam ganhar peso. Este alimento é completo em termos de água, proteínas, lipídios, glicídios, vitaminas e minerais. Estudos demonstram que bebês prematuros que recebem leite humano têm maiores chances de recuperação e apresentam menos riscos de infecções e outras complicações. “O leite materno é essencial para o desenvolvimento saudável das crianças. Ele reduz o risco de infecções, alergias e problemas de saúde a longo prazo”, explica Renata Leles, coordenadora do BLH.

Além dos benefícios diretos para os bebês, a amamentação oferece vantagens significativas para as mães. “A amamentação reduz o risco de infecções e de câncer de mama e ovário. Também ajuda as mães a recuperarem o peso ganho durante a gestação mais rapidamente”, afirma Leles. Ela ressalta que a amamentação proporciona benefícios duradouros, como menor risco de diabetes e obesidade para a criança na vida adulta, e um desenvolvimento neuronal melhor, que pode refletir em maiores índices de inteligência.

O Banco de Leite Humano também destaca a importância de reduzir o impacto ambiental. O uso de fórmulas infantis contribui para a geração de resíduos e poluição, enquanto a amamentação diminui a necessidade de embalagens e produção de fórmulas. “Amamentar é a opção mais sustentável e econômica. Reduzimos o desperdício de embalagens e ajudamos a preservar o meio ambiente”, observa Leles.

Para doar leite materno, a mãe deve estar amamentando e ter um excedente de leite, além de não ser fumante, não usar drogas ou bebidas alcoólicas, e não consumir medicamentos incompatíveis com a amamentação. É necessário também não ter recebido transfusões de sangue nos últimos 12 meses.

O processo de doação é simples. As mães interessadas devem entrar em contato com o BLH pelo telefone (62) 3956-2921 ou pelo WhatsApp. Após preencher um cadastro e ter seus exames avaliados por um profissional do banco de leite, a doadora será incluída em uma rota de coleta. O leite deve ser armazenado em frascos de vidro com tampa plástica, fervidos e secos antes do uso, e congelado com a devida identificação.

O BLH organiza a coleta dos frascos cheios e substitui por frascos vazios semanalmente. A colaboração das mães é crucial para garantir a alimentação adequada dos recém-nascidos internados na unidade. A doação de leite materno não só ajuda a salvar vidas, mas também contribui para a saúde pública e para a preservação ambiental.

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