O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcou uma reunião para esta terça-feira (17) com os chefes dos Poderes para discutir os incêndios florestais no país. O encontro está previsto para as 16h30 no Palácio do Planalto. Participarão da reunião os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso; do Senado, Rodrigo Pacheco; da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; e do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também deve estar presente.

Segundo o Palácio do Planalto, o objetivo é debater ações conjuntas de combate aos incêndios. O governo ainda avalia a possibilidade de convidar governadores dos estados mais afetados pelos incêndios. Caso não seja possível reunir todos nesta terça-feira, uma nova reunião com os governadores será marcada ainda esta semana.

Na segunda-feira (16), Lula passou o dia com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para discutir medidas prioritárias de combate aos incêndios, especialmente na Amazônia e no Pantanal. O governo estuda anunciar nesta terça uma série de medidas provisórias (MPs), incluindo um possível auxílio financeiro aos produtores rurais prejudicados pelas queimadas.

Reunião discute ações urgentes contra as queimadas.

O Ministério da Justiça solicitou que cada estado envie dez bombeiros para ajudar no combate aos incêndios. No entanto, Goiás e São Paulo recusaram, alegando que também enfrentam intensos focos de incêndio em seus próprios territórios. Outros seis estados confirmaram apoio: Maranhão, Alagoas, Bahia, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Sul. O Maranhão já enviou 31 bombeiros, mas considera inviável aumentar o número devido aos incêndios que enfrenta, principalmente na região sul do estado.

O ministro da Justiça, Dino, já havia determinado, em 10 de setembro. A convocação de mais bombeiros para a Força Nacional, com prioridade para estados que não estão diretamente afetados pelos incêndios. No domingo (15), ele autorizou a abertura de créditos extraordinários para combater os incêndios na Amazônia e no Pantanal. Esses recursos não estão sujeitos ao teto de gastos e não entram no cálculo das metas fiscais.