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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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Guerra

Israel ataca alvos do Hezbollah no Líbano; mortes ultrapassam 500

Os ataques resultaram em pelo menos 558 mortes, incluindo 50 crianças e 94 mulheres, além de 1.835 feridos

Postado em 24 de setembro de 2024 por Leticia Marielle
Israel ataca alvos do Hezbollah no Líbano; mortes ultrapassam 500. | Foto: Divulgação

Na madrugada desta terça-feira (24), Israel voltou a bombardear alvos do Hezbollah no Líbano, um dia após ataques intensos que resultaram em mais de 500 mortes e aumentaram os receios de um conflito regional, quase um ano após o início da guerra em Gaza.

A Assembleia Geral da ONU, que ocorrerá em Nova York nesta terça-feira (24), será marcada pelo temor de uma guerra ampla no Oriente Médio. Isso acontece após a escalada militar entre o Exército israelense e o Hezbollah, um movimento islamista pró-Irã no Líbano.

Desde o começo da guerra em Gaza, em 7 de outubro de 2023, após o ataque do Hamas a Israel, o Exército israelense e o Hezbollah têm se enfrentado quase diariamente ao longo da fronteira. Na segunda-feira (23), Israel registrou o dia mais letal na região ao atacar “quase 1.600 alvos terroristas” no sul do Líbano e no Vale do Bekaa, redutos do Hezbollah.

Os ataques resultaram em pelo menos 558 mortes, incluindo 50 crianças e 94 mulheres, além de 1.835 feridos, segundo o Ministério da Saúde libanês. O Exército israelense relatou que vários membros da milícia pró-Irã morreram durante os bombardeios.

Novo ataque

Nesta terça-feira (24), as tropas israelenses intensificaram os bombardeios, atacando dezenas de alvos do Hezbollah em várias áreas no sul do Líbano. O ataque incluiu a infraestrutura e depósitos de armas do movimento xiita, conforme informado em um comunicado militar.

Em resposta, o Hezbollah lançou mísseis Fadi 2 contra Israel, atingindo posições militares próximas a Haifa, no norte do país. Uma “fábrica de explosivos” a 60 km da fronteira libanesa, além da cidade de Kiryat Shmona, foi atingida.

Desde segunda-feira, dezenas de milhares de libaneses deixaram as áreas bombardeadas, segundo a ONU, buscando refúgio em Sidon, a maior cidade do sul do Líbano, ou em Beirute. Na terça-feira, muitos carros estavam presos na rodovia que leva à capital.

Além disso, quase 500 pessoas cruzaram a fronteira da Síria a partir do Líbano, de acordo com uma fonte das forças de segurança de Damasco, que pediu anonimato à AFP. Os deslocados utilizaram os postos de Al Qusayr e Debusiya para entrar na Síria. “Foi um dia de terror”, contou à AFP Thuraya Harb, uma libanesa de 41 anos que se refugiou nas proximidades de Beirute. “Eu não queria partir, mas as crianças estavam com medo, então saímos apenas com as roupas do corpo”, acrescentou.

Faixa de Gaza

A guerra na Faixa de Gaza, após o ataque do Hamas a Israel, que resultou na morte de 1.205 pessoas, de acordo com uma contagem da AFP com base em números oficiais israelenses.

Dos 251 sequestrados durante a incursão dos islamistas, 97 permanecem em cativeiro no território palestino, e o Exército israelense declarou que 33 deles estão mortos. A ofensiva israelense, por sua vez, causou a morte de pelo menos 41.467 palestinos, conforme dados do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza. Isso é o resultado em uma grave crise humanitária.

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