Influenciadores são suspeitos de esquema de lavagem de dinheiro e rifas ilegais
As autoridades acusam o casal de influenciadores digitais, Márcia Silveira e Eugênio Francisco, de explorar jogos de azar nas redes sociais, arrecadando cerca de R$ 5 milhões
Na última quarta-feira (25), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em colaboração com a Polícia Militar, lançou a Operação Castelo de Cartas para desarticular um esquema criminoso de lavagem de dinheiro associado a rifas virtuais. As autoridades acusam o casal de influenciadores digitais, Márcia Silveira e Eugênio Francisco, de explorar jogos de azar nas redes sociais, arrecadando cerca de R$ 5 milhões.
Elas cumpriram mandados de busca e apreensão em residências e empresas localizadas em Montes Claros e Uberlândia. Durante as operações, apreenderam diversos itens de luxo, incluindo sapatos, bolsas e relógios. As investigações revelaram que o casal ocultava os valores obtidos por meio de transações bancárias e os utilizava para adquirir veículos de alto padrão, imóveis e itens de grande valor, como bolsas da Dior e Louis Vuitton.
Para criar uma aparência de legalidade, os suspeitos alegavam realizar doações e publicavam comprovantes de pagamento de impostos, mas as investigações levantam suspeitas de que os prêmios das rifas eram destinados a pessoas próximas. As autoridades mantêm as investigações em segredo de justiça, enquanto bloquearam os bens do casal, totalizando R$ 5 milhões.
Operação Castelo de Cartas
“A operação tem como objetivo o combate a jogos de azar e lavagem de dinheiro, principalmente através de rifas virtuais. A operação teve alvos específicos, que são pessoas que tem uma grande influência nas redes sociais e vinham se valendo de jogos sem autorização do Ministério da Fazenda para a captação de recursos e para promover a entrega de prêmios”, explicou o promotor.
O advogado dos investigados, Álvaro Guilherme Ribeiro Matos, confirmou a realização da operação na residência de Márcia Silveira e Eugênio Francisco. Ele afirmou que seus clientes possuem recibos de pagamentos de impostos e que todas as suas atividades estão dentro da legalidade. Álvaro também declarou que se pronunciará com mais detalhes assim que tiver acesso aos documentos da investigação.