Cometa do Século poderá ser visto em Goiás
O cometa “C/2023 A3 Tsuchinshan-ATLAS” atingirá o seu periélio – maior aproximação ao Sol – nesta sexta-feira (27/9), podendo ser visível a olho nu
O cometa C/2023 A3 Tsuchinshan-ATLAS, conhecido como “cometa do século”, atingirá seu periélio, ou seja, o ponto de maior proximidade com o Sol, nesta sexta-feira (27/9). Há uma expectativa de que ele possa ser visível a olho nu, embora ainda existam incertezas sobre a intensidade de seu brilho.
O astrônomo Filipe Monteiro, do Observatório Nacional, explicou em entrevista para O Globo, que a luminosidade dos cometas é imprevisível, o que dificulta garantir sua visibilidade sem auxílio óptico. “A intensidade do brilho desses objetos pode ser imprevisível. Por isso, é possível que haja necessidade de uso de outros instrumentos, tais como binóculos e telescópios”, afirma ele.
Atualmente, o cometa pode ser visto no céu ao amanhecer em toda região do Brasil, inclusive em Goiás.
Monteiro recomenda que os observadores busquem locais com uma visão desobstruída do horizonte oeste, já que o cometa estará relativamente baixo no céu, a uma altura de até 30 graus. Durante sua trajetória, o C/2023 A3 passará pelas constelações de Virgem, Serpente e Ofiúco.
Descoberta
O Observatório Chinês de Tsuchinshan descobriu o cometa em janeiro de 2023, e o sistema Atlas confirmou sua existência em fevereiro do mesmo ano. A NASA informa que o cometa é periódico, semelhante ao cometa Halley, e completa uma órbita ao redor do Sol a cada 80 anos, aproximadamente.
Segundo o portal especializado Earth Sky, o cometa não aumentou seu brilho significativamente ao se aproximar do Sistema Solar interno, mas ainda desperta grande expectativa. A maior aproximação ao Sol ocorrerá nesta sexta-feira, e, se o cometa mantiver seu brilho, ele poderá ser observado da Terra até 12 de outubro, quando estará mais próximo de nosso planeta e será possível observá-lo logo após o pôr do sol, na direção do horizonte oeste.
Origem
O cometa foi descoberto em janeiro de 2023 por dois observatórios independentes, um na China (Observatório de Tsuchinshan) e outro no Havaí (pelo Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System da NASA e da Universidade do Havaí). Por isso, seu nome oficial é Cometa Tsuchinshan-ATLAS, abreviado para C/2023 A3.
C/2023 A3 veio de nuvem. Sua origem é a nuvem de Öpik-Oort, composta por bilhões ou até trilhões de planetesimais voláteis — ou seja, ele é composto por pedaços de gelo combinados a metano, amônia e outros detritos espaciais em torno de seu núcleo rochoso. Eles circundam o Sistema Solar.
Leia também: Goiás é o sexto estado com mais avistamentos de OVNIs no Brasil