O estado de Goiás já ultrapassou o número de incêndios registrados no ano passado. Com quase 15 mil focos de incêndio em 2024, a situação é alarmante. De acordo com o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Brasil enfrenta o pior cenário de incêndios florestais dos últimos 14 anos.

Corpo de Bombeiros registra aumento significativo

Até setembro, o Corpo de Bombeiros de Goiás (CBMGO) já atendeu 14.669 ocorrências de incêndios, superando os 12.450 atendimentos de 2023. Esse aumento expressivo reflete-se em mais de 2.200 ocorrências adicionais, faltando ainda três meses para o final do ano. A maior parte desses incêndios envolve áreas de vegetação, lotes baldios e propriedades rurais.O estado de Goiás já ultrapassou o número de incêndios registrados no ano passado. Com quase 15 mil focos de incêndio em 2024, a situação é alarmante. De acordo com o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil enfrenta o pior cenário de incêndios florestais dos últimos 14 anos.

Corpo de Bombeiros registra aumento significativo

Até setembro, o Corpo de Bombeiros de Goiás (CBMGO) já atendeu 14.669 ocorrências de incêndios, superando os 12.450 atendimentos de 2023. Esse aumento expressivo reflete-se em mais de 2.200 ocorrências adicionais, uma vez que ainda faltam três meses para o final do ano. Além disso, a maior parte desses incêndios envolve áreas de vegetação, lotes baldios e propriedades rurais.

Incêndios criminosos: mais de 180 prisões

Por outro lado, muitos dos focos de incêndio em Goiás têm origem criminosa. O Governo Federal destacou que o prolongamento da seca contribui para a propagação dos incêndios, uma vez que são considerados criminosos devido à proibição do uso controlado do fogo em todo o país. Até o momento, 183 pessoas foram presas em Goiás por provocar incêndios intencionalmente, segundo o delegado Luziano de Carvalho.

Impacto na saúde e economia

As queimadas não causam somente danos ambientais. De fato, em 2024, 342 pessoas foram internadas com problemas respiratórios relacionados à fumaça, gerando um custo de R$ 496 mil aos cofres públicos de Goiás. Além do impacto à saúde, o Instituto Mauro Borges (IMB) estimou que as queimadas custaram R$ 710 milhões para a economia goiana, afetando diretamente áreas produtivas. Se a situação continuar assim, o prejuízo pode chegar a R$ 1,5 bilhão até o final do ano.

Medidas contra os incêndios

Para combater o aumento das queimadas, o governo de Goiás criou um Gabinete de Ações Integradas, coordenado pela Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros. Ademais, o estado lançou o aplicativo Monitor de Queimadas, que permite à população denunciar focos de incêndio em tempo real.Além disso, o endurecimento das penalidades para crimes ambientais também faz parte da estratégia. Um novo decreto federal prevê multas que podem chegar a R$ 10 milhões para quem provocar incêndios florestais ou descumprir normas de combate.

Projeto de combate a incêndios no cerrado

Além das medidas governamentais, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) lançou um projeto de atuação integrada para apoiar o combate às queimadas. A iniciativa busca coordenar ações de prevenção, responsabilizar os infratores e recuperar as áreas afetadas. Nesse sentido, o plano está alinhado ao esforço nacional de combate aos incêndios florestais, que afetam diversos biomas brasileiros.