Durante esta semana, o presidente Lula deverá decidir sobre a possível reintrodução do horário de verão no Brasil. A discussão foi reaberta devido à grave seca que afeta diversas regiões do país e à necessidade de economizar energia. O Ministério de Minas e Energia está realizando estudos para avaliar os impactos dessa medida.

O ministro Alexandre Silveira defendeu a volta do horário de verão, argumentando que a mudança poderia ser benéfica em um “momento realmente crítico” para o sistema elétrico. A combinação da seca com altas temperaturas e o aumento do consumo durante os horários de pico — que atualmente ocorrem no meio da tarde — geram preocupações sobre a capacidade de geração de energia.

Entretanto, estudos anteriores mostraram que o horário de verão pode ter um efeito adverso. Em alguns casos, o consumo de energia aumentou em vez de diminuir, devido a mudanças nos hábitos de uso. Assim, a decisão final sobre a reintrodução da medida será política e discutida em conjunto com o Palácio do Planalto. Uma vez que existem dúvidas sobre os reais benefícios para o setor elétrico.

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Prós do Horário de verão

O ministro Silveira destacou que, no início da noite, o sistema perde geração intermitente de fontes como a solar e a eólica, levando a um maior acionamento de termelétricas. Ele afirmou que, se o governo implementar o horário de verão, a diluição da carga elétrica pode melhorar a robustez do sistema.

Em evento recente, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que não há risco de falta de energia, mas reconheceu que a volta do horário de verão é uma “alternativa” que o governo analisa em resposta à seca prolongada. Além disso, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) apontou que o adiantamento do relógio em uma hora pode gerar efeitos positivos na economia. Durante o período, o faturamento do setor cresce entre 10% e 15% entre 18h e 21h. Portanto, a discussão sobre a reintrodução do horário de verão continua relevante e em pauta.