Alunos, funcionários e professores do Centro Ensino em Período Integral Meira Matos, em São Luiz do Norte, estão levantando preocupações sérias sobre as condições precárias da instituição. Segundo informações obtidas pela redação do O Hoje, a estrutura do colégio não oferece as condições necessárias para que a escola funcione como um centro de período integral.

Segundo a fonte, que prefere o anonimato, a escola não tem refeitórios, banheiros adequados. “Não tem ducha para as meninas menstruadas”, cita ela, por exemplo. 

A reclamação da comunidade escolar

Os funcionários e comunidade escolar reclamam do calor e da proibição para ligar o ar-condicionado por causa da fiação antiga e, por isso, precária. As salas normalmente têm 40 estudantes. 

A escola ainda enfrenta problemas frequentes de queda de energia. Para a reportagem, a Secretaria disse que isto é responsabilidade da Equatorial Goiás. Em nota, a Equatorial Goiás disse que vai apurar o caso.

Outras reclamações, os funcionários relataram que nos fundos da escola há uma grande quantidade de entulhos, resto de obras e até carteiras quebradas. A fonte afirma ao jornal que, às vezes, a escola enfrenta problemas como brigas e que alunos usam os utensílios abandonados para jogar uns nos outros. 

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Por causa dessa situação, os funcionários, alunos e a comunidade se manifestaram no último dia (3) de outubro, no qual eles alegam que não estão lutando contra o ensino, mas sim contra a situação desumana que estão enfrentando. 

Os denunciantes relatam que esse problema tem se perpetuado há mais de 3 anos. Os funcionários e alunos estão pedindo a volta do ensino regular, isso porque não tem estrutura. 

Atualização.

 A redação do O Hoje entrou em contato com a Secretaria de Educação do Estado de Goiás, e em nota, a pasta disse: 

Em atenção à solicitação de informações sobre a situação do Centro de Ensino em Período Integral Meira Matos, localizado na cidade de São Luiz do Norte, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc/GO) esclarece:

• A unidade recebeu um grande investimento para a melhoria das instalações do prédio. A obra está com 62% de execução, mas, infelizmente, a empresa vencedora da licitação abandonou a construção, e o contrato teve que ser rescindido em abril de 2024.

• Foram entregues à comunidade cinco salas, divididas em dois blocos: um com três salas e outro com duas. Após a rescisão contratual, foi necessário elaborar novos projetos e orçamentos, já finalizados, e a nova licitação será realizada em outubro de 2024.