“Mais de um milhão de jovens alistaram-se no Exército norte-coreano esta semana.” Essa foi a declaração feita pela Coreia do Norte nesta quarta-feira (16), em meio a acusações contra a Coreia do Sul de enviar drones para o seu território.

Segundo Pyongyang, esses jovens estão prontos para lutar em uma “guerra sagrada para destruir o inimigo com as armas da revolução”, como divulgado pela agência estatal KCNA.

A tensão entre as Coreias voltou a aumentar depois que o governo norte-coreano anunciou no domingo que ordenou oito brigadas de artilharia para se prepararem para abrir fogo. Além disso, os postos de observação aérea em Pyongyang foram reforçados. A acusação contra Seul de uma “incursão provocativa de drones” elevou o clima de hostilidade a um novo patamar.

Leia mais: Chuvas causam inundações na Coreia do Norte; Kim visita áreas afetadas de bote

Imagens publicadas pela mídia estatal mostram jovens assinando petições para se juntar ao exército em locais não revelados. A agência de notícias Reuters relatou que 1,4 milhão de jovens, incluindo estudantes e oficiais da liga juvenil, se voluntariaram para servir. Esse movimento acontece em um contexto de alta tensão, com o governo norte-coreano adotando uma postura agressiva.

Embora seja difícil verificar de forma independente essas alegações, a Coreia do Norte tem um histórico de fazer anúncios semelhantes em períodos de tensão. Em 2023, por exemplo, a mídia estatal informou que 800 mil cidadãos se alistaram para lutar contra os Estados Unidos. De acordo com o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), o país tem atualmente cerca de 1,28 milhão de soldados ativos e 600 mil reservistas.