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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Economia

Dívida pública brasileira se aproxima de 80% do PIB e ameaça equilíbrio econômico

Dos R$ 10,9 trilhões do PIB, Brasil deve cerca de R$ 8,56 trilhões

Postado em 18 de outubro de 2024 por Bruno Goulart
Dívida pública brasileira se aproxima de 80% do PIB e ameaça equilíbrio econômico
Foto: Roberto Stuckert Filho

Em um novo relatório divulgado nesta quinta-feira (17), a Instituição Fiscal Independente (IFI) revelou que a dívida pública brasileira atingiu 78,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em agosto de 2023. Esse crescimento acentuado, impulsionado pela elevação das taxas de juros, já coloca o Brasil em alerta fiscal.

De acordo com a IFI, o Brasil pode encerrar 2024 com a dívida pública próxima de 80% do PIB, e a tendência é de aumento contínuo nos próximos anos. O Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) aponta que a elevação dos juros e os déficits fiscais consecutivos têm alimentado esse cenário.

Para contextualizar, o PIB representa a soma total de bens e serviços produzidos no país. Em 2023, o Produto Interno Bruto do Brasil alcançou R$ 10,9 trilhões. Com a dívida pública correspondendo a 78,5% desse valor, o montante da dívida do país é de aproximadamente R$ 8,56 trilhões. E a responsabilidade é dos governos federal, estaduais e municipais.

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“O crescimento da dívida resulta da não geração de superávits primários, da elevação dos juros e das emissões primárias líquidas de dívida pelo Tesouro Nacional”, destaca o documento.

Segundo a IFI, até agosto de 2024, o aumento dos juros em 5,2 pontos percentuais e as emissões líquidas de 1,4 pontos percentuais foram os principais fatores para o agravamento do endividamento.

Dívida pública

O relatório também alerta para os impactos futuros desse quadro, sugerindo que a falta de controle no endividamento pode comprometer a sustentabilidade fiscal do país.

Agências de classificação de risco como Moody’s, Fitch e S&P, embora tenham melhorado a perspectiva de risco do Brasil, ressaltam a necessidade urgente de políticas que revertam esse desequilíbrio para evitar choques externos que prejudiquem a economia nacional.

A IFI finaliza destacando a importância de reverter essa tendência de aumento da dívida, apontando que o país não pode expandir o endividamento indefinidamente sem consequências graves para sua capacidade de honrar compromissos financeiros.

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