Cadastro obrigatório para reciclagem: Goiás impõe novas metas a empresas
Goiás exige que empresas reciclem 30% das embalagens a partir de agora.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) anunciou um novo ciclo da política de logística reversa. Todas as empresas que geram embalagens de vidro, papel, papelão, plástico e metal devem se cadastrar.
O prazo para o registro vai até 18 de novembro. A meta mínima estabelecida é que cada empresa recicle pelo menos 30% de suas mercadorias no próximo ano-base.
Esse é o segundo ciclo da política, que começou em abril de 2023. No primeiro ciclo em Goiás, a meta foi de 22%, e a adesão alcançou 25 mil empresas. O crescimento nas metas demonstra o compromisso do governo com a sustentabilidade. Agora, o foco está em aumentar a reciclagem e envolver mais empresas no processo.
Durante o cadastramento, as empresas precisam apresentar um “plano de logística reversa”. Esse documento deve incluir indicadores de resultados e dados pessoais. Além disso, as empresas devem definir como alcançar a meta de reciclagem de 30%. O objetivo é garantir que as práticas de sustentabilidade sejam claras e mensuráveis.
As empresas têm a opção de contratar uma entidade gestora. Essa pessoa jurídica será responsável por estruturar e implementar o sistema de logística reversa. A entidade gestora facilitará a comunicação com cooperativas de reciclagem. Dessa forma, as empresas poderão cumprir a meta estabelecida de forma mais eficiente.
Os catadores de materiais recicláveis também terão um papel fundamental. Eles atuarão como operadores, garantindo a restituição das embalagens ao setor empresarial. A remuneração desses catadores será baseada na quantidade de material reciclável vendido. Essa medida visa incentivar a coleta e a reciclagem, promovendo uma economia circular.
Andréa Vulcanis, titular da Semad, ressaltou a importância da fiscalização. “A nossa tarefa é receber os relatórios das empresas gestoras e certificar que a indústria está cumprindo a lei”, afirmou. O descumprimento dessa obrigação pode ser considerado crime ambiental. Essa rigorosa abordagem destaca a seriedade da questão ambiental.
O mercado definirá os valores envolvidos no processo de reciclagem. Isso significa que o poder público não interferirá na negociação dos preços. O sistema pretende ser auto sustentável, com as empresas se responsabilizando pelo próprio impacto ambiental.
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A adesão a essa nova política é vital para a sustentabilidade em Goiás. Com a ampliação das metas de reciclagem, espera-se que mais materiais sejam reaproveitados. Isso reduzirá a quantidade de resíduos enviados aos aterros sanitários e diminuirá a poluição ambiental.
Ao se comprometerem com a reciclagem, elas também ajudam a preservar os recursos naturais. A resposta das empresas ao novo ciclo de logística reversa será monitorada em Goiás. A expectativa é que o número de participantes aumente, refletindo um compromisso coletivo com o meio ambiente.