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sábado, 21 de dezembro de 2024
Abaixo da média da OCDE

Brasil ocupa 65ª posição no Pisa

País está abaixo da média da OCDE, enquanto nações como Cingapura, Coreia do Sul e Estônia se destacam com práticas inovadoras e uso de tecnologia

Postado em 22 de outubro de 2024 por Luana Avelar

O desempenho do Brasil no exame internacional Pisa, que avalia estudantes de 15 anos em cerca de 80 países, destaca uma grande necessidade de melhorias no ensino da matemática. O país ocupa a 65ª posição no ranking, ficando abaixo da média da Organização para a Cooperação em Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em contraste, nações como Cingapura, Coreia do Sul e Estônia lideram o exame, demonstrando práticas que podem servir de exemplo para melhorar o ensino no Brasil.

Esses países se destacam por introduzir conceitos matemáticos desde cedo, com foco em áreas como cálculo, estatística e probabilidade. Na Coreia do Sul, o currículo é constantemente atualizado para incluir disciplinas práticas, como modelagem estatística, que ajudam os alunos a relacionar a matemática com a vida cotidiana. Em Cingapura, o ensino é valorizado, com professores bem remunerados, o que reflete diretamente no aprendizado dos estudantes.

Outro ponto é o uso de tecnologia no ensino. Na Estônia, por exemplo, o ensino de programação é obrigatório, incentivando os alunos a pensar de forma lógica e resolver problemas com base em análise de dados. Em Cingapura, há uma plataforma digital que permite aos estudantes criar modelos matemáticos, tornando o aprendizado mais dinâmico e interativo.

O Brasil já conta com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que oferece diretrizes atualizadas para o ensino da matemática. No entanto, a implementação dessas diretrizes esbarra em questões estruturais, como a formação dos professores e a falta de infraestrutura adequada nas escolas. A valorização dos docentes é um desafio, pois muitos se formam em cursos à distância e enfrentam condições de trabalho que dificultam o desenvolvimento profissional.

Uma das lições mais importantes que o Brasil pode aprender é a necessidade de integrar a matemática a outras disciplinas, como acontece na Estônia, onde gráficos são transformados em textos durante as aulas de linguagem, ou conceitos matemáticos são usados em música. Essa abordagem interdisciplinar ajuda a tornar a matemática mais acessível e menos intimidante para os alunos.

A reformulação do ensino da matemática no Brasil passa por uma revalorização da profissão de professor e a criação de um ambiente mais favorável ao aprendizado. Além disso, a inclusão de tecnologia no ensino, como já ocorre em outros países, pode ser um aliado na modernização das práticas educacionais e na preparação dos alunos para os desafios futuros.

 

 

 

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