A prática dos brechós teve início no século 19, na França e na Inglaterra. No Brasil, o primeiro brechó foi estabelecido no Rio de Janeiro por um comerciante de origem portuguesa conhecido como Belchior, que deu origem ao nome, pelo qual esses locais são conhecidos atualmente.

Segundo um estudo da ThreadUp, uma plataforma de consignação dos Estados Unidos, aproximadamente 36 milhões de indivíduos começaram a comprar roupas usadas pela primeira vez em 2020. No Brasil, segundo dados do Sebrae de 2023, o país tinha mais de 118 mil brechós ativos, o que equivale a um aumento de 30,97%, ao longo dos últimos cincos anos.

Apesar de comprar em brechós não ser uma prática muito apreciada no passado, essa visão mudou consideravelmente nos últimos anos. Os brechós proporcionam uma opção econômica e elegante, possibilitando aos consumidores montar um guarda-roupa mais personalizado, ao mesmo tempo que minimizam o desperdício e estendem a durabilidade das peças. Este fenômeno tem atraído desde jovens que se interessam por moda até indivíduos que buscam formas de poupar e contribuir para o meio ambiente.

As plataformas de mídia social, principalmente o TikTok, intensificaram a maneira como muitos percebem e consomem esses produtos, por meio da perspectiva autêntica e atual de influenciadores da geração Z. Para eles, adquirir peças usadas se tornou uma experiência muito mais prazerosa e econômica.

Além disso, segundo uma pesquisa realizada pela Semrush, a moda circular vem ganhando destaque como uma opção preferida entre os brasileiros, evidenciando uma alteração no comportamento de consumo. No período de setembro de 2022 a setembro de 2023, houve um aumento de 175% nas pesquisas por “brechó perto de mim”, enquanto “brechó roupas usadas baratas” registrou um crescimento de 128.6%.

Para os empresários, os brechós constituem uma chance de negócio que está em expansão. O custo inicial reduzido e o aumento da procura por moda sustentável tornam esse setor atraente para novos negócios.