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terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Assasinato

Mulher é condenada por manter o namorado em uma mala até a sua morte

Júri condena americana Sarah Boone por morte do namorado Jorge Torres, em 2020

Postado em 28 de outubro de 2024 por Micael Silva
Uma mulher foi condenada por assassinato em segundo grau após manter o namorado preso em uma mala até sua morte. Foto: Divulgação
Uma mulher foi condenada por assassinato em segundo grau após manter o namorado preso em uma mala até sua morte. Foto: Divulgação

Uma mulher foi condenada por assassinato em segundo grau após manter o namorado preso em uma mala até sua morte. Sarah Boone ouviu o veredicto do júri na Flórida na última sexta-feira, 25 de outubro. O caso, ocorrido há quatro anos, resultou na prisão perpétua de Sarah, com possibilidade de condicional.

Jorge Torres foi encontrado sem vida em fevereiro de 2020, após uma noite em que ambos consumiram álcool. Segundo Sarah, o casal brincava de esconde-esconde na residência, em Winter Park, quando decidiram que Jorge entraria na mala. Sarah afirmou aos detetives que foi dormir, acreditando que ele conseguiria sair sozinho.

Na manhã seguinte, ao despertar, ela se lembrou de que o namorado estava na mala. Ao abrir o zíper, encontrou Jorge sem reação, já falecido. Detetives do Gabinete do Xerife do Condado de Orange investigaram a versão de Sarah, levantando questionamentos sobre sua veracidade.

Provas apresentadas pelo Ministério Público incluíram vídeos gravados no celular de Sarah. Neles, Jorge suplicava de dentro da mala, alegando que não conseguia respirar e chamando repetidamente o nome de Sarah. Em resposta, ela riu e afirmou que a situação era “culpa dele”. A gravação contradisse a alegação de Sarah sobre o incidente ter sido uma brincadeira sem intenção fatal.

Durante o julgamento, Sarah Boone defendeu-se, alegando que mantivera Jorge preso por legítima defesa. Segundo ela, incidentes de violência anteriores a fizeram ver nele uma ameaça. Os advogados da ré argumentaram que ela teria agido impulsionada por um histórico de abuso, embora o júri não tenha aceitado essa explicação como justificativa para a morte de Jorge.

O veredicto foi decidido após uma hora e meia de deliberação do júri. Sarah, que se declarou inocente ao longo do processo, aguardará a sentença final em 2 de dezembro.

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