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sábado, 23 de novembro de 2024
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São Paulo

São Paulo tem mais de 7.000 áreas sujeitas a desastre climático

O Litoral Norte, cenário da maior tragédia climática registrada em São Paulo, terá um programa específico no pacote de prevenção a desastres

Postado em 31 de outubro de 2024 por Leticia Marielle
São Paulo tem mais de 7.000 áreas sujeitas a desastre climático. | Foto: Reprodução/Canva

Um levantamento realizado pela Plataforma de Gestão de Riscos de Desastres Naturais, lançada nesta quinta-feira (30) pelo Instituto de Pesquisas Ambientais identificou 7.278 áreas na Grande São Paulo com vulnerabilidade a escorregamentos, inundações, solapamento de margens de rio e erosão.

Franco da Rocha, onde um deslizamento em 2022 causou a morte de sete pessoas de uma mesma família, está entre as regiões metropolitanas com alta concentração de pontos de risco. Outra cidade em destaque é Mauá, no Grande ABC, considerada propensa a desastres naturais. A capital paulista não foi incluída neste levantamento, pois contará com uma plataforma própria, cujos detalhes serão apresentados pelo governo ainda hoje.

Além disso, o Litoral Norte, cenário da maior tragédia climática registrada em São Paulo, terá um programa específico no pacote de prevenção a desastres. Este programa prevê a criação de ferramentas que possam identificar, mapear e alertar para eventos climáticos potencialmente catastróficos, com foco em Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba. Financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com R$ 2,5 milhões, o projeto surge em resposta à tempestade de fevereiro de 2023, que resultou em 64 mortes em São Sebastião e uma em Ubatuba. Na ocasião, o volume de chuvas ultrapassou 600 mm em apenas 24 horas em algumas regiões.

O sistema de monitoramento, apresentado na quinta-feira (31), funcionará a partir de uma sala com telões que exibem dados em tempo real sobre áreas de risco. Combinando dados de satélites e de outros sistemas meteorológicos e oceanográficos, o sistema reúne também informações de fontes globais, além de realizar cálculos próprios para apoio em políticas públicas de prevenção climática.

Embora o acesso aos dados seja restrito a desenvolvedores e parceiros, há planos para abrir ao público no futuro, conforme anunciado pelo governo. Outra funcionalidade do sistema permite a recuperação de informações sobre eventos climáticos passados, contabilizando cerca de 66 mil ocorrências entre 1991 e 2022. Essa base de dados, que seguirá sendo atualizada, inclui referências de matérias jornalísticas, apoiando na identificação de áreas prioritárias para medidas de redução de risco.

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