Durante a aplicação  do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no último domingo (3) em Sobradinho, no Rio Grande do Sul. Um jovem de 17 anos, que vive com diabetes tipo 1, foi retirado da sala de provas após o alarme de seu sensor de glicose disparar. A denúncia foi feita por seu pai, Rudnei Noro, que utilizou as redes sociais para expressar sua indignação.

Rudnei relatou que o alarme soou “uma única vez”, mas, mesmo assim, o adolescente foi abordado por um fiscal e levado para fora da sala, sob a alegação de que estava perturbando os demais alunos. O pai destacou a ironia da situação, uma vez que o incidente ocorreu em novembro, mês de conscientização sobre o diabetes. “Falam tanto em ‘inclusão’, mas, na prática, constrangem e humilham”, escreveu Rudnei.

O celular do jovem, que estava com o fiscal, disparou um alarme mesmo desligado, uma medida de segurança para monitorar a glicose e evitar hipoglicemia severa, que pode causar desmaios e convulsões. Apesar de ter informado sobre sua condição durante a inscrição do Enem, o estudante não foi autorizado a fazer a prova em uma sala separada, onde são reservados lugares para “apenas algumas doenças”.

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O Instituto Diabetes Brasil teria aconselhado a família do jovem a registrar um boletim de ocorrência, descrevendo a situação como um “absurdo”. Em resposta, o Ministério da Educação (MEC) afirmou que o atendimento especializado é garantido para diversos tipos de deficiência.