A inelegibilidade de Jair Bolsonaro, decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), impede o ex-presidente de concorrer nas eleições de 2026. A decisão foi tomada em 2023, após o TSE reconhecer que Bolsonaro cometeu abuso de poder político e usou indevidamente os meios de comunicação durante uma reunião com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada, antes das eleições de 2022. O tribunal determinou que ele ficasse inelegível por oito anos, um período que vai até 2030.

No entanto, o Partido Liberal (PL) está empenhado em reverter essa situação. Em entrevista à CNN, o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, afirmou que o partido está trabalhando para derrubar a inelegibilidade de Bolsonaro e garantir que ele seja o candidato do PL nas eleições presidenciais de 2026. Durante o evento de lançamento do novo canal CNN Money, em São Paulo, Costa Neto destacou a popularidade de Bolsonaro, afirmando que ele “é o dono dos votos” no país e que “ninguém tem a votação que Bolsonaro possui”.

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Para o presidente do PL, os resultados das eleições municipais de 2024, nos quais o partido obteve a maior quantidade de votos, são um reflexo direto da influência de Bolsonaro, que segue sendo uma figura central para a legenda. Embora o PL tenha ficado em quinto lugar no número de prefeitos eleitos, foi o partido que recebeu o maior número de votos em comparação aos demais.

Além de Bolsonaro, Valdemar também mencionou a possível filiação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ao PL. Segundo Costa Neto, o governador já teria expressado seu desejo de se unir à sigla e disputar a reeleição em 2026. Embora Tarcísio não tenha confirmado publicamente a adesão ao partido, o presidente do PL revelou que o governador marcou um jantar com o ex-ministro Rogério Marinho para formalizar sua intenção de se filiar à legenda.

A expectativa é que, com Bolsonaro como candidato em 2026 e Tarcísio fortalecido no estado de São Paulo, o PL se consolide como uma força política ainda mais robusta para as próximas eleições.