Quem é J. D. Vance, o vice de Trump e voz da classe trabalhadora americana
De origem operária, Vance deve aproximar trabalhadores de Trump
Na madrugada desta quarta-feira (6/11), o republicano Donald Trump foi eleito 47º presidente dos Estados Unidos da América. Ao lado, uma figura que se destacou foi a de seu vice, o senador de Ohio, J. D. Vance.
Nesta matéria, você conhecerá um pouco do próximo vice-presidente dos Estados Unidos.
J. D. Vance
Nascido James David Bowman em Middletown, Ohio, Vance cresceu em uma família de classe trabalhadora nos Apalaches, uma região historicamente explorada pela indústria do carvão e hoje marcada pela pobreza.
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Criado por seus avós maternos após o abandono de seu pai e a luta de sua mãe contra o vício, ele se tornou uma figura emblemática para muitos americanos da classe trabalhadora.
Vance ganhou notoriedade com seu livro Hillbilly Elegy, publicado em 2016, onde retrata as dificuldades de sua infância e as realidades da classe operária branca nos Estados Unidos.
A obra, que se tornou um best-seller, destaca um ponto de vista conservador e sincero, onde ele critica o que chama de “fracassos” entre amigos e familiares, ao mesmo tempo em que reprova as “elites” de quem se distanciou ao longo de sua trajetória.
Após servir na Marinha dos EUA, Vance concluiu uma graduação na Universidade Estadual de Ohio e, em seguida, ingressou na prestigiada Faculdade de Direito de Yale.
A experiência em Yale o aproximou do meio acadêmico, mas ele logo voltou a Ohio, onde fundou uma agência de capital de risco com apoio do investidor bilionário Peter Thiel. Em 2021, Thiel contribuiu com US$ 10 milhões para impulsionar a candidatura de Vance ao Senado.
Relação com Trump
A relação de Vance com Trump passou de crítica a apoio incondicional. Originalmente cético, ele chegou a afirmar que “não gostava” de Trump, mas reverteu sua posição durante a campanha de 2021, defendendo o ex-presidente e apoiando suas alegações infundadas sobre fraude eleitoral em 2020.
Desde então, Vance tornou-se um aliado fiel de Trump e agora, como vice-presidente, deve consolidar ainda mais sua influência em Washington.