Brasil cai para 3° lugar no ranking mundial de maiores juros reais, apesar de alta da Selic
País fica atrás apenas da Rússia e Turquia
Apesar do aumento da taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (6/11), o Brasil caiu para a terceira posição no ranking mundial de juros reais, ficando atrás da Rússia e da Turquia.
Segundo um levantamento da MoneYou, os juros reais no país, que medem a taxa básica de juros descontada da inflação, subiram de 7,33% para 8,08% com o novo ajuste, mas ainda assim perderam posições no cenário global.
O Copom decidiu elevar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, passando de 10,75% para 11,25% ao ano. Esta medida é a segunda alta consecutiva após uma série de reuniões com a taxa mantida inalterada.
Leia mais: Banco Central eleva Selic a 11,25% ao ano
A decisão vem em meio a uma política de combate à inflação, em que o Banco Central busca conter o avanço dos preços na economia brasileira, que tem sido uma das principais preocupações para o crescimento do país.
Com o novo patamar da Selic, o Brasil continua com uma das maiores taxas de juros reais do mundo, ainda que tenha perdido o segundo lugar para a Turquia, que implementou medidas de juros mais agressivas recentemente.
A Rússia permanece na liderança do ranking, enquanto outros países adotaram políticas mais brandas de combate à inflação, o que levou o Brasil a cair de posição.
Alta da Selic
A última alta da Selic, em setembro, havia sido de 0,25 ponto percentual, levando a taxa para 10,75% ao ano. No entanto, a pressão inflacionária levou o Copom a intensificar o ajuste nesta semana, aumentando a taxa em 0,5 ponto percentual, com o objetivo de conter a inflação e proteger o poder de compra da população.
Segundo o levantamento, que coleta projeções de mais de 100 instituições financeiras, a expectativa é que a Selic continue subindo, atingindo 11,75% ao ano até o fim de 2024.