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quinta-feira, 7 de novembro de 2024
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Infecção

Superfungo genital se espalha na Europa

a confirmação laboratorial do superfungo pode levar até três semanas, o que significa que durante esse período, os pacientes podem estar recebendo tratamentos inadequados

Postado em 7 de novembro de 2024 por Leticia Marielle
Superfungo genital se espalha na Europa. | Foto: Divulgação

Especialistas em saúde alertam que um superfungo transmitido sexualmente pode estar se espalhando de forma silenciosa por diversas regiões da Europa. O Trichophyton mentagrophytes tipo VII (TMVII) é um patógeno que preocupa devido à sua resistência significativa a medicamentos. Casos da infecção já foram identificados em países como Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Dubai e Abu Dhabi.

Os sintomas podem demorar dias para aparecer após a infecção, com a micose sendo a principal manifestação. As erupções cutâneas, que são dolorosas, podem surgir em áreas como o rosto, órgãos genitais, virilha, nádegas, coxas e pés.

De acordo com os especialistas, a micose, que antes era comumente observada em animais domésticos, está se tornando mais frequente, especialmente entre homens que fazem sexo com homens. Além disso, a confirmação laboratorial do superfungo pode levar até três semanas, o que significa que durante esse período, os pacientes podem estar recebendo tratamentos inadequados e, ao mesmo tempo, transmitindo a infecção para seus parceiros sexuais.

Embora a infecção não seja fatal e sua transmissibilidade não seja superior à de outros fungos de pele mais comuns, o TMVII é altamente inflamatório. As erupções são mais intensas, e os tratamentos tradicionais não costumam ser eficazes.

Os casos

Até o momento, os casos relatados no mundo são raros. Nos Estados Unidos, por exemplo, quatro casos do fungo foram registrados neste ano, sendo o primeiro identificado em Nova York. O paciente havia viajado recentemente à Europa, região onde os casos são mais frequentes, e teve relações sexuais desprotegidas com outros homens.

Apesar de especialistas afirmarem que a condição não é fatal, eles alertam para a dificuldade de tratamento, que pode levar meses e resultar em cicatrizes permanentes. Em Paris, na França, uma investigação realizada ao longo de 15 meses revelou que 13 homens foram infectados pela mesma cepa do fungo no final de 2023.

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