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sexta-feira, 6 de dezembro de 2024
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ciência

Buraco na camada de ozônio diminuiu em 2024, aponta Nasa

A previsão é que a camada de ozônio se recupere completamente até 2066

Postado em 8 de novembro de 2024 por Yasmin Farias
Buraco na camada de ozônio diminuiu em 2024, aponta Nasa
Foto: canva

Em 2024, o buraco na camada de ozônio na região da Antártida apresentou uma queda em comparação aos anos anteriores, de acordo com dados da NASA e da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos). No entanto, apesar da redução, o buraco ainda tem uma área média mensal de cerca de 20 milhões de quilômetros.

As instituições norte-americanas apontam que, embora o buraco deste ano seja o sétimo menor desde 1992, quando o Protocolo de Montreal começou a ter efeito, ele ainda é considerado um dos maiores já registrados. Desde o início da direção, em 1979, este foi o 20º menor buraco já aberto.

Em 28 de setembro, a maior extensão foi observada de 22,4 milhões de milhas quadradas. “O buraco antártico de 2024 é menor do que os buracos de ozônio vistos no início dos anos 2000”, afirmou Paul Newman, líder da pesquisa de ozônio da NASA, em um comunicado da Noaa.

No entanto, os cientistas alertaram que, embora a gravidade do buraco esteja abaixo da média das últimas três décadas, a camada de ozônio ainda não está completamente recuperada. “A melhoria gradual que temos visto nas últimas duas décadas mostra que os esforços internacionais que reduziram os produtos químicos que destroem a camada de ozônio estão funcionando”, destacou Newman. A NOAA atribuiu essa melhoria à redução dos clorofluorcarbonos (CFCs), produtos químicos proibidos pelo Protocolo de Montreal.

Entre os produtos que liberam CFCs estão refrigeradores, aparelhos de ar condicionado, cosméticos em aerossóis e tintas em spray. Além disso, os cientistas ficaram surpresos com um aumento inesperado na concentração de ozônio na região, possivelmente devido ao transporte do gás pelas correntes do norte da Antártida.

Monitoramento da camada de ozônio

O monitoramento da camada de ozônio é feito por uma combinação de sistemas, incluindo os satélites Aura da NASA e os satélites da NOAA, como o Noaa-20, Noaa-21 e o Suomi National Polar-orbiting Partnership, além de balões meteorológicos. Em 2024, a concentração de ozônio atingiu 109 unidades Dobson em 5 de outubro, o menor valor do ano. O recorde mais baixo foi de 92 unidades Dobson, em outubro de 2006. Em comparação, a concentração de ozônio sobre a Antártida em 1979 era de cerca de 225 unidades Dobson, o que destaca o longo caminho que ainda falta para uma recuperação completa.

Previsão de recuperação

Segundo a NASA e a NOAA, a previsão é que a camada de ozônio se recupere completamente até 2066, considerando a trajetória desde a adoção do Protocolo de Montreal. A camada de ozônio, localizada na parte superior da atmosfera, atua como um “protetor solar planetário”, protegendo a Terra da radiação ultravioleta (UV), que pode causar câncer de pele, catarata, danos à agricultura, ecossistemas aquáticos e à fauna terrestre.

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