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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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Mauro Cid deixou mala arrumada e contas pagas com medo de prisão

Ex-ajudante de Bolsonaro contesta ao STF sobre invasões e possíveis financiadores

Postado em 22 de novembro de 2024 por Micael Silva
Mauro Cid deixou mala arrumada e contas pagas Foto: Igo Estrela
Mauro Cid deixou mala arrumada e contas pagas Foto: Igo Estrela

Na tarde de quinta-feira (21/11), Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, prestou depoimento ao ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF). O procurador-geral da República, Paulo Gonet, participou da oitiva por videoconferência.

Cid chegou ao STF demonstrando preocupação. Antes de comparecer, especificações de seus pertences pessoais, deixaram contas pagas e comentaram com aliados que havia uma alta chance de ser preso novamente.

Durante o depoimento, Moraes fez uma série de perguntas objetivas para confirmar informações e buscar novos desdobramentos nas investigações. Um representante do Ministério Público Federal e um juiz auxiliar do gabinete de Moraes estavam presentes.

O depoimento incluiu questionamentos sobre a possível participação de Bolsonaro nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Segundo pessoas que acompanharam a oitiva, teriam sido a primeira vez que Moraes abordou diretamente essa questão com Mauro Cid.

O militar afirmou desconhecer qualquer envolvimento de Bolsonaro nas invasões às sedes dos Três Poderes. Segundo ele, ambos estavam nos Estados Unidos no dia dos atos. Aliados de Cid relataram que ele poupou o ex-presidente nas respostas.

Leia mais: Por suposta omissão, Mauro Cid volta ao STF para prestar depoimento

Alexandre de Moraes também indagou Cid sobre sua relação com empresários suspeitos de financiar as ações de 8 de janeiro. O tenente-coronel negou conhecer qualquer pessoa envolvida nesse contexto.

O ex-ajudante de ordens exige que more perto do local onde trabalhou o acampamento golpista em Brasília. Ele relatou ter transmitido a redução gradual no número de manifestantes após a saída de Bolsonaro do país.

A oitiva faz parte das investigações para apurar a participação de Bolsonaro em eventos golpistas e possíveis ganhos com financiadores. A coluna informou que Moraes utilizou as declarações de Cid para tentar avançar nas investigações.

Mauro Cid comentou com aliados sobre o ambiente tenso antes do depoimento. Segundo ele, a Polícia Federal considerou que houve omissões em sua delação premiada, o que poderia acarretar novas ações judiciais contra ele.

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