STF deve julgar Bolsonaro por planos golpistas até 2025
Processo busca evitar atrasos e garantir justiça antes das eleições de 2026
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliados e militares envolvidos em planos golpistas contra as eleições de 2022 no primeiro semestre de 2025. A decisão antes das eleições de 2026 é considerada crucial para evitar atrasos no calendário eleitoral e possibilitar a aplicação de eventuais penas antes do início das campanhas.
O julgamento depende da análise de um relatório da Polícia Federal (PF), que já foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes. O documento, com cerca de 800 páginas, indiciou 37 pessoas, incluindo 25 militares, por crimes como tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. Entre os indiciados, sete são oficiais-generais do Exército e da Marinha. O relatório aponta que Bolsonaro e membros das Forças Armadas teriam articulado planos para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
Moraes deve finalizar a avaliação do relatório ainda nesta semana e enviá-lo à Procuradoria-Geral da República (PGR). A PGR, sob comando de Paulo Gonet, decidirá sobre a denúncia, e sua análise pode ser concluída em 2025. A intenção é unificar essas investigações com outros casos que envolvem Bolsonaro, como a venda de joias e a falsificação de documentos de vacinação.
O processo é tratado como uma prioridade para garantir a justiça e não interferir no próximo pleito presidencial.