Relatório da Polícia Federal indica que o ex-presidente Jair Bolsonaro planejou, liderou e teve domínio sobre ações para tentar um golpe de Estado em 2022. Segundo o documento, o plano fracassou por “circunstâncias alheias à sua vontade”.

As investigações, tornadas públicas pelo ministro Alexandre de Moraes nesta terça-feira (26), mostram que Bolsonaro e aliados discutiram decretos para anular o resultado das eleições, usando alegações infundadas de fraude nas urnas eletrônicas. O ex-presidente sondou o apoio das Forças Armadas, mas recebeu oposição do Exército e da Aeronáutica. Apenas o então comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, manifestou apoio.

Depoimentos apontam que o general Freire Gomes ameaçou prender Bolsonaro caso ele tentasse avançar com os planos golpistas. Além disso, foi revelado um esquema para assassinar Lula, Alckmin e Moraes, liderado pelo general da reserva Mario Fernandes. O plano, chamado “Punhal Verde Amarelo”, previa o uso de armas do Exército e métodos como explosivos e envenenamento.

Bolsonaro negou envolvimento nos atos e afirmou que discutir estado de sítio “não configura golpe”. O relatório segue para análise da PGR.