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quinta-feira, 28 de novembro de 2024
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DESCOBERTA

Cientistas descobrem nova espécie humana, com dentes e crânios gigantes, extinta há 200 mil anos

Fósseis revelam os denominados “Homo Juluensis”, grupo com crânios grandes e dentes impressionantes

Postado em 28 de novembro de 2024 por Thais Aires
Numerosos dentes foram encontrados no local, que os cientistas descobriram que eram muito maiores do que outras espécies humanas — Foto: Reprodução/O Globo

Já imaginou descobrir uma nova peça no quebra-cabeça da evolução humana? Foi exatamente isso que cientistas revelaram ao anunciar o Homo Juluensis, uma espécie extinta há cerca de 200 mil anos. Os restos mortais de 16 indivíduos, encontrados na China, apresentavam traços únicos: cabeças maiores que as dos neandertais e Homo sapiens, além de dentes surpreendentemente grandes.

Os fósseis, acompanhados por ferramentas de pedra e ossos de animais, contaram histórias fascinantes sobre os hábitos do Homo juluensis. Eles eram caçadores organizados, que abatavam cavalos selvagens em grupo e utilizavam tudo o que o animal oferecia: carne para alimentação, medula e cartilagens, além de peles para confeccionar roupas. Essas adaptações eram fundamentais para sobreviver aos climas gelados da época.

A conexão com outras espécies

Os cientistas também analisaram semelhanças entre o Homo juluensis e outras espécies, como os denisovanos, conhecidos por seus molares grandes e vestígios descobertos na Sibéria em 2008. Comparações detalhadas dos dentes revelaram características quase idênticas, sugerindo que os denisovanos podem, na verdade, ser parte da mesma linhagem.

No entanto, o Homo juluensis tinha crânios ainda maiores, embora, segundo o pesquisador Christopher Bae, isso não signifique que fossem mais inteligentes que os humanos modernos.

Imagem feita com inteligência Artificial. Alessandro Di Lorenzo/Olhar Digital/DALL-E

Extinção e mudanças climáticas

A espécie viveu durante o período glacial do Quaternário Tardio, enfrentando frio extremo e períodos de seca. Esses eventos climáticos, aliados ao pequeno tamanho populacional, tornaram o Homo juluensis vulnerável à extinção. Para completar, a chegada dos humanos modernos há cerca de 120 mil anos trouxe competição e misturas genéticas, selando o destino desse grupo.

Redefinindo a história da evolução

Os fósseis revelaram algo mais profundo: a diversidade de hominídeos na Ásia era muito maior do que se imaginava. “Esses achados nos obrigam a repensar nossos modelos evolutivos”, explicou Bae, destacando o impacto das novas descobertas sobre cruzamentos genéticos e coexistência entre diferentes linhagens humanas.

As ferramentas, os fósseis e as histórias que carregam continuam a pintar um quadro mais rico da história humana — cheio de surpresas que nos aproximam das origens do que somos hoje.

 

 

 

 

 

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