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domingo, 1 de dezembro de 2024
ALÔ, ALÔ MARCIANO?

Teoria sugere que os Humanos podem ter exterminado vida em Marte

Microrganismos marcianos podem ter sido destruídos acidentalmente durante a missão Viking 1, segundo hipótese científica

Postado em 26 de novembro de 2024 por Thais Aires

Você já parou para pensar que, talvez, a NASA tenha, sem querer, exterminado formas de vida em Marte? Pois é, uma teoria polêmica está circulando, e a explicação é até meio inusitada. Lembra da música da Elis Regina, “Alô, alô, marciano… aqui quem fala é da Terra…”? No final das contas, quem fala de Marte seja, na verdade, a própria Terra, e o papo não é dos mais amigáveis. Cientistas agora sugerem que os experimentos da missão Viking 1, da NASA, podem ter destruído micróbios marcianos, ao introduzir água no solo do Planeta Vermelho.

A teoria foi levantada por Dirk Schulze-Makuch, astrobiólogo da Universidade Técnica de Berlim, e sugere que a missão Viking 1 da NASA, realizada em Marte na década de 1970, pode ter exterminado inadvertidamente formas de vida no planeta. A hipótese aponta que os experimentos realizados pela sonda, que incluíam a introdução de água no solo marciano, podem ter eliminado microrganismos adaptados às condições áridas do Planeta Vermelho.

A missão Viking 1 e sua busca por vida

A Viking 1 foi lançada em 1975, sendo a primeira espaçonave norte-americana a pousar em Marte. Com o objetivo de buscar sinais de vida microbiana, a missão analisou amostras de solo, atmosfera e clima. Nos testes, nutrientes e água foram adicionados ao solo para identificar reações biológicas.

Embora os primeiros resultados tenham sugerido possível atividade biológica, eles foram questionados posteriormente, com explicações alternativas envolvendo processos químicos. Assim, a possibilidade de vida em Marte foi descartada na época, e o foco das pesquisas foi desviado por anos.

Obtida pela sonda Viking 1 após pousar em Marte, em 20 de julho de 1976, esta imagem é a primeira fotografia já tirada da superfície marciana. Crédito: NASA / JPL / Olhar Digital

O impacto da água na vida marciana

Schulze-Makuch acredita que os sinais identificados pela Viking 1 poderiam ter sido evidências de vida microbiana em Marte. Ele explica que os organismos que poderiam habitar o planeta seriam semelhantes a extremófilos da Terra, como aqueles encontrados no deserto do Atacama, no Chile. Esses micróbios sobreviveriam com mínima umidade, retirando água do ambiente através de sais higroscópicos.

A adição de água nos experimentos da Viking, segundo o cientista, teria quebrado o delicado equilíbrio em que esses organismos viviam, resultando na sua destruição. “Os experimentos da missão Viking, ao adicionar água ao solo, poderiam ter alterado esse equilíbrio e matado esses organismos”, afirmou o astrobiólogo em entrevista ao site Space.com.

Mudança de abordagem na exploração de Marte

Schulze-Makuch propõe que as futuras missões deixem de buscar sinais de água líquida e concentrem-se em compostos como os sais, que podem ter sustentado formas de vida adaptadas às condições secas de Marte. Ele sugere que esse enfoque permitiria desenvolver novos métodos de exploração e ampliar as possibilidades de detectar organismos em ambientes extremos.

“Isso também poderia ajudar a compreender melhor como organismos podem viver em um ambiente com recursos hídricos limitados”, disse o pesquisador.

 

 

 

 

 

 

*texto com informações portal Olhar Digital

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