Botafogo vence Atlético-MG por 2×1 e é campeão da Libertadores 2024
Botafogo faz história e conquista a libertadores pela primeira vez
Em uma noite épica no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, o Botafogo escreveu o capítulo mais glorioso de sua história ao vencer o Atlético-MG por 3 a 1 e conquistar pela primeira vez a Taça Libertadores da América. A finalíssima, realizada neste sábado (30), reuniu dois gigantes brasileiros em um duelo emocionante e repleto de reviravoltas. Luiz Henrique, Alex Telles e Júnior Santos marcaram os gols que garantiram o título inédito ao Glorioso, enquanto Vargas descontou para o Galo.
A partida foi marcada por drama desde o início. Logo aos 29 segundos, Gregore protagonizou a expulsão mais rápida da história das finais da Libertadores. Em uma disputa de bola com Fausto Vera, o volante alvinegro subiu com o pé alto e acertou a cabeça do adversário. O árbitro argentino Facundo Tello não hesitou e mostrou o cartão vermelho aos 1m4s, deixando o Botafogo com um jogador a menos praticamente durante toda a decisão.
Apesar da desvantagem numérica, a equipe comandada por Artur Jorge manteve a postura ofensiva que a caracterizou ao longo do torneio. O Atlético-MG, por outro lado, demonstrou dificuldades para aproveitar a superioridade em campo. Embora tivesse maior posse de bola, o Galo não conseguiu impor intensidade ofensiva na primeira etapa.
Botafogo Avassalador
Foi o Botafogo que abriu o placar, aos 19 minutos, com uma jogada coletiva. Luiz Henrique recebeu pela esquerda, limpou o lance e passou para Marlon Freitas, que chutou de fora da área. No rebote de Éverson, Luiz Henrique bateu de primeira, estufando as redes e explodindo a torcida alvinegra no Monumental. Pouco depois, aos 24 minutos, o próprio Luiz Henrique sofreu pênalti ao ser derrubado pelo goleiro atleticano. Alex Telles converteu a cobrança com categoria, marcando seu primeiro gol pelo Botafogo e ampliando a vantagem para 2 a 0.
Pela primeira vez na história da final única da Libertadores, um time foi para o intervalo com dois gols de vantagem. A torcida do Galo, no entanto, não perdeu a esperança. Entoando o clássico “eu acredito!”, o Atlético-MG voltou para o segundo tempo com mudanças que surtiram efeito imediato. Gabriel Milito colocou Vargas, Bernard e Mariano em campo, e o Galo cresceu no jogo. Logo no primeiro minuto, Vargas diminuiu de cabeça, aproveitando cruzamento preciso de Hulk em cobrança de escanteio.
Leia mais: Vasco busca empate heroico com o Atlético-GO em são januário
O gol animou a equipe mineira, que passou a pressionar com frequência. Hulk liderou o ataque, desequilibrando e criando chances claras, mas encontrou um adversário inspirado: o goleiro John, que fez defesas fundamentais para manter o Botafogo em vantagem.
Para conter o ímpeto do Atlético, Artur Jorge ajustou o time com substituições estratégicas. Savarino, Luiz Henrique e Almada deram lugar a Marçal, Matheus Martins e Júnior Santos. O Botafogo se fechou e passou a explorar os contra-ataques, enquanto o Galo insistia em cruzamentos e jogadas de velocidade com Paulinho, Bernard e Vargas.
Nos acréscimos, o golpe final veio em uma jogada de puro oportunismo. Após rebote na área, Júnior Santos completou para o gol, marcando seu décimo gol na competição e selando o triunfo alvinegro por 3 a 1.
Além do título inédito, o Botafogo alcançou um feito histórico: foi o primeiro time a vencer uma final única de Libertadores com mais de um gol de diferença. A taça continental volta ao Rio de Janeiro, consagrando o Glorioso como campeão da América.
A atuação defensiva impecável, a resiliência com um jogador a menos e a eficiência nos momentos decisivos fizeram do Botafogo um merecido campeão. O futebol brasileiro mostrou mais uma vez sua força ao mundo, e a noite de 30 de novembro de 2024 ficará para sempre gravada na memória dos torcedores alvinegros.