STF impõe limites e reforça controle sobre emendas parlamentares
Decisão do ministro Flávio Dino prioriza transparência e rigor fiscal nos repasse
O STF liberou, nesta segunda-feira, os pagamentos de emendas parlamentares, suspensos desde agosto, condicionando a retomada a regras mais rígidas de controle. A decisão do ministro Flávio Dino estabelece que as despesas com emendas deverão respeitar limites impostos pela Lei Complementar nº 210/2024, como o teto do novo arcabouço fiscal e a variação da Receita Corrente Líquida, além de priorizar obras inacabadas e reforçar a prestação de contas.
As transferências especiais, as chamadas “emendas Pix”, continuam impositivas, mas exigirão detalhamento do uso e acompanhamento pelo Tribunal de Contas da União. Emendas de bancada e de comissões deverão ser direcionadas a projetos estruturantes e de interesse nacional ou regional, respectivamente, definidos em acordo entre Legislativo e Executivo.
A decisão ocorre após o Congresso aprovar novas regras de transparência, em resposta a apontamentos do STF e do Ministério Público Federal sobre falhas no rastreamento de verbas já liberadas. A partir de agora, o pagamento dependerá da identificação precisa dos objetos e da definição de critérios técnicos para execução.
Com isso, o STF busca equilibrar a autonomia parlamentar com a eficiência no uso de recursos públicos, enquanto preserva a responsabilidade fiscal para os próximos orçamentos.