PF indicia mais 3 militares por em envolvimento em trama golpista de 2022
tenentes e coronel são indiciados
A Polícia Federal indiciou, nesta quarta-feira (11), mais três militares por envolvimento na trama golpista que buscava impedir a posse do presidente Lula (PT). São eles o tenente da reserva Aparecido Andrade Portella, o coronel Reginaldo Vieira de Abreu e o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo. O relatório foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá sobre denúncias ou novas investigações.
Militares na tentativa de golpe
Rodrigo Azevedo foi preso em novembro durante a operação Contragolpe. Ele é acusado de planejar atentados contra Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Usando o codinome “Brasil”, Azevedo teria monitorado Moraes. Localizações telefônicas vinculam o militar ao aparelho usado nas ações. Em depoimento, alegou não saber do uso prévio do equipamento.
Portella, suplente da senadora Tereza Cristina (PL-MS), teria articulado com manifestantes e usado o codinome “churrasco” para tratar do golpe. Mensagens indicam que ele organizava repasses financeiros aos atos. Próximo a Bolsonaro, visitou o Palácio da Alvorada ao menos 13 vezes em dezembro de 2022. Portella permaneceu em silêncio no depoimento.
O coronel Vieira é acusado de espalhar desinformação eleitoral e de manipular relatórios das Forças Armadas. Ele teria levado um hacker à PF para alegar fraudes nas urnas e sugerido o envio de manifestantes a locais estratégicos. Vieira também optou por não se manifestar à PF.
A PGR analisará o relatório e definirá os próximos passos.