Sindicatos formalizam denuncia de violência policial contra profissionais da saúde em Goiânia
O episódio teve início após o marido de uma gestante, insatisfeito com o atendimento, denunciar suposta negligência médica.
Os sindicatos que representam os profissionais da saúde formalizaram uma denúncia na Corregedoria da Polícia Militar (PM) de Goiás contra atos de violência ocorridos na Maternidade Célia Câmara, em Goiânia, na última sexta-feira (6). A ação, que culminou na prisão de um maqueiro e uma enfermeira, gerou grande repercussão. Estiveram presentes o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde (Sindsaúde), o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Goiás (Sieg) e o deputado estadual Mauro Rubem (PT).
Durante a reunião, o corregedor da PM, coronel José Lemos da Silva Filho, determinou a instauração de uma sindicância para apurar a conduta dos policiais envolvidos e garantiu o afastamento imediato dos agentes enquanto o processo está em andamento. A Corregedoria também ouviu os relatos dos sindicatos e da enfermeira que foi agredida.
O episódio teve início após o marido de uma gestante, insatisfeito com o atendimento, denunciar suposta negligência médica. Ele alegava que a esposa deveria receber prioridade para uma cesariana, mesmo sem indicação de urgência. A situação escalou após um assessor de um vereador acionar a Polícia Militar, o que resultou na prisão dos profissionais de saúde.
Em nota, a Maternidade Célia Câmara esclareceu que segue um protocolo rigoroso de Classificação de Risco e que a paciente foi atendida de acordo com a prioridade estabelecida. O parto da gestante ocorreu ainda no mesmo dia, sem relação com o conflito registrado.
Imagens de câmeras de segurança mostram uma enfermeira sendo agredida por um policial militar, o que intensificou a polêmica. Os profissionais detidos foram levados à delegacia, onde realizaram exames de corpo de delito e relataram as marcas das agressões sofridas. A investigação continua.
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